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Em novembro, pela sexta vez seguida, Índice Nacional de Confiança da ACSP cai para mínima histórica

Notícias 11 de dezembro de 2015

Confiança do consumidor brasileiro avança no campo pessimista (abaixo de 100 pontos), aponta pesquisa da Associação Comercial de SP; INC registrou 72 pontos em novembro contra 153 há um ano

São Paulo, 11 de dezembro de 2015. O último Índice Nacional de Confiança (INC) de 2015 da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou a sexta mínima histórica consecutiva em novembro, marcando 72 pontos contra 153 há um ano.

Já sobre outubro, o recuo foi de dois pontos – dentro, portanto, da margem de erro, que é de três pontos.

O INC de novembro foi o mais baixo já anotado pela pesquisa, que é encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos e começou em abril de 2005. O resultado mostra que o Índice Nacional de Confiança avança no campo pessimista (entre zero e 100 pontos). O intervalo entre 100 e 200 pontos representa otimismo.

Em novembro de 2014, o INC foi de 153 pontos – o melhor resultado daquele ano. O mês, tradicionalmente costuma apontar uma subida na confiança em função das compras de fim de ano. Todavia, em razão das crises econômica e política, tem-se observado o oposto em 2015.

É importante ressaltar que a pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 28 de novembro em todo o Brasil - antes, portanto, de o presidente da Câmara aceitar o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente da República. “Diante desse novo recorde de baixa do INC em novembro, a perspectiva seria de alta para o índice em dezembro. Contudo, os novos acontecimentos em Brasília nos levam a crer que a confiança poderá cair ainda mais”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).

“É imprescindível que a questão do impeachment seja resolvida o quanto antes. A confiança do brasileiro se tornou peça-chave na resolução dos problemas econômicos, e enquanto o Brasil estiver vivendo essa instabilidade política, o consumidor não vai se sentir confortável para gastar”, ressalta Burti. 

Situação, consumo, emprego

Em novembro, 53% dos brasileiros avaliaram sua situação financeira como ruim e 23% como boa. Há um ano, essa relação era de 25% e 49%, respectivamente.

Em relação ao emprego, 55% se declararam inseguros em novembro e somente 13% estavam seguros. Em novembro de 2014, essas parcelas eram de 19% e 41%, respectivamente. “Isso mostra a inversão da confiança do consumidor em um curto espaço de tempo”, avalia Alencar Burti.

Como consequência desse pessimismo, 16% dos entrevistados disseram sentir-se à vontade para comprar eletrodomésticos e apenas 12% para adquirir casa ou carro. Em novembro passado, esses resultados foram, respectivamente, de 41% e 33%.

Na comparação com outubro de 2015, a variação ficou dentro da margem de erro em todos esses componentes do INC.

Estado de SP

O Índice de Confiança do Consumidor Paulista registrou 66 pontos em novembro - o pior resultado desde que a pesquisa começou. Em outubro, a confiança em São Paulo foi de 68 pontos. Já em novembro de 2014 foi de 133 pontos – acompanhando, portanto, o comportamento do índice nacional.

A queda mais aguda em SP pode ser explicada pelo fato de o estado ter uma grande presença de consumidores da classe AB, a mais pessimista desde o ano passado. Outro fator é que se trata do estado mais industrializado e, portanto, mais sensível à crise econômica.

Regiões

No Índice Nacional de Confiança da ACSP, o destaque ficou com o Norte/Centro-Oeste, cuja confiança - puxada pelo agronegócio - subiu de 79 pontos em outubro para 88 em novembro.

A confiança caiu quatro pontos no Nordeste (75 pontos em novembro contra 79 em outubro) e também no Sudeste (71 sobre 75).

Por fim, no Sul, o INC variou dentro da margem de erro, com 56 em novembro (55 em outubro). Mas permanece em patamar baixíssimo, ainda impactado por fatores climáticos, pela desindustrialização e pelos problemas nas finanças do Rio Grande do Sul. Historicamente, o Sul estava entre as regiões com INC mais alto do País.  

Classes

Nenhuma das classes socioeconômicas apresentou alteração na confiança em novembro. O INC da classe C manteve-se estável em 73 pontos. O índice das classes DE caiu de 83 pontos em outubro para 81 em novembro – dentro da margem de erro. A confiança das classes AB também variou dentro da margem, com 64 pontos em outubro e 61 em novembro.  

O INC

O INC de novembro foi elaborado pelo Instituto Ipsos a partir de 1,2 mil entrevistas domiciliares em 72 municípios, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE. 


 

Pesquisa na íntegra: INC Brasil

Pesquisa na íntegra: Estado de SP

 

 

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3225 / 97497-0287 

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