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Especialista adianta reunião do governo e fala sobre desafios da política energética em evento na ACSP

Notícias 13 de fevereiro de 2017

São Paulo, 13 de fevereiro de 2017. Atrair investimento privado para os setores de energia e infraestrutura, como quer o governo Temer, será uma missão muito difícil. A afirmação é do especialista Plínio Mário Nastari, que esteve na última sexta-feira (10/2) na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele revelou, em primeira mão, o que será discutido nesta semana em reunião de integrantes do Ministério de Minas e Energia.

De acordo com Nastari, que é presidente da consultoria agrícola Datagro e integrante do Conselho Nacional de Política Energética, a administração federal anterior adotou, erroneamente, instrumentos de intervenção na área energética, impondo uma orientação regida pelo monopólio ou por um baixo grau de concorrência. “E foi essa orientação, associada ao voluntarismo, que causou os desastres que todos nós assistimos: o desmantelamento do setor elétrico, a fragilidade extrema da Petrobras e a crise enorme no setor sucroenergético”.  

Na avaliação do palestrante, o governo Temer tem tido uma atitude de reconhecer que esse modelo se esgotou e que é preciso criar um novo, baseado na regulação. “Regulação mínima, mas necessária para controlar a ação dos agentes econômicos em livre mercado para que seja atraído investimento nas diferentes áreas de energia e infraestrutura”.

Segundo Nastari, a missão é “não só difícil, mas tem um prazo curto, porque esse governo tem um prazo curto; 2018 vai ser um ano político, então é basicamente 2017. Ou seja, é uma agenda com uma certa urgência”.

Biocombustíveis

Na próxima quarta-feira (15/2), os integrantes do Conselho Nacional de Política Energética irão se reunir para discutir, entre outros assuntos, as diretrizes de implementação do Renova Bio, programa federal anunciado em dezembro do ano passado para expandir a produção de etanol até 2030. A ideia é que, com essa reunião, se estabeleça um projeto de lei ainda no primeiro semestre.

“Por que um projeto de lei? Porque precisa haver uma política de estado e não de governo. E aí você precisa de uma lei que regule essas atividades na área de biocombustíveis, assim como se pretende que haja coisas similares na área de petróleo, de gás, de eletricidade”, informou o presidente da Datagro.

Especificamente sobre o Renova Bio, Nastaria afirma que o etanol tem grande potencial para o desenvolvimento do País, sendo uma energia “moderna e eficiente”.

“Hoje está se extraindo de 6,5 mil a 7 mil litros de etanol por hectare. Mas com tecnologia disponível na prateleira dá para chegar a 12 mil. E a perspectiva é ir para mais de 24 mil litros por hectare. O custo vai cair”, disse o palestrante, para logo depois emendar: “O Brasil é uma potência agrícola e agroindustrial e gera muito resíduo. E esso resíduo pode ser aproveitado”.

Nastari ressaltou ainda que, além de tender a zero, a emissão de carbono da produção de biocombustível também induz o desenvolvimento de polos regionais. Segundo dados da Datagro apresentados na palestra, a renda anual gerada por hectare de pasto é, em média, de R$ 1.100 a R$ 1.200. “Se você plantar milho, a receita por hectare sobe para R$ 2.600. Se você fizer soja, sobe para R$ 3.600. Se fizer as duas coisas no mesmo hectare, você chega a perto de R$ 6.000. E na cana? Sabem qual é a geração de riqueza? Você gera R$ 11.600 por hectare. E é esse dinheiro que é utilizado para pagar o salário de um monte de gente, que movimenta o comércio, a indústria local e que gera desenvolvimento nas cidades em que se produz energia de biomassa”.

 

 

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / (11) 97497-0287  

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