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Exportações garcenses aumentam 62,9% nos primeiros sete meses do ano

Notícias 09 de agosto de 2022

As exportações continuam em alta em Garça e o resultado dos primeiros sete meses do ano revela um aumento de 62,9% em relação ao mesmo período do ano passado.  O resultado obtido de janeiro a julho deste ano coloca o município como 115º maior exportador paulista e 430º do país. Foram comercializados US$ 59,17 milhões no período, em 2022, superando os US$
36.319.539 obtidos de janeiro a julho do ano passado.  

No sentido oposto, Garça comprou US$ 2,71 milhões em produtos estrangeiros, com queda de 18,9% com relação aos primeiros sete meses de 2021, quando as importações atingiram US$3.336.535. Com isso o superávit da balança comercial garcense no primeiro semestre foi de US$56,46 milhões

Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG, Mauro José de Sá, o fim das restrições impostas pela pandemia permitiu essa retomada da economia. Se, num primeiro momento a preocupação era grande e, entre outros problemas, se enfrentava a falta de matéria prima, o cenário foi se modificando.

“O que estamos presenciando é uma retomada industrial e Garça, mesmo sendo considerada uma cidade de médio para pequeno porte, ocupa uma posição de destaque no ranking das exportações. Isso mostra que temos um grande potencial e que nossos empreendedores, ainda que a custo de muitos medos, vem driblando a crise que foi imposta em 2020 com a chegada da pandemia”, disse ele.

Os números mostram que, quando se fala em volume exportado o aumento registrado nos sete primeiros meses deste ano é de 10,62% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o dirigente garcense, o volume das importações registrou uma queda de 31,85%.

“São dados muito positivos. De janeiro a julho do ano passado importamos 579.769 quilos de produtos. Neste ano foram 395.074. “, falou ele, completando que no que se refere às importações, os preços também fizeram a diferença na conta final, e somado ao recuo de volume, houve a garantia de um superavit na balança comercial garcense.
Mauro, que também é empresário do ramo da indústria, para as empresas que pretendem entrar no mercado da exportação, precisam importar insumos ou, ainda, querem comercializar produtos importados, é preciso considerar as variações de taxas cambiais, que podem definir custos e margem de lucro.

“É uma área de muita oscilação e temos que estar atentos ao câmbio. A negociação de melhores taxas depende do volume negociado, tanto para venda quanto para compra no exterior. Temos que acompanhar o valor da moeda brasileira, uma vez que a inflação alta e a sua desvalorização também podem trazer riscos para os negócios. No entanto, ainda mantemos o otimismo. O mundo está se recompondo da pandemia e parece que as coisas estão voltando, de fato, a normalidade”, frisou ele.

 


O que mais se exporta e se importa em Garça


Na terra que teve sua economia, por muito tempo, embasada na cafeicultura, é natural que uma commoditie agrícola encabece o ranking das exportações. Nos primeiros sete meses deste ano o café, mesmo torrado ou descafeinado, cascas e películas de café e sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção foram responsáveis por 80% das exportações garcenses. Em segundo lugar, com 16% do total exportado, vieram as máquinas e aparelhos mecânicos, com função própria, não especificados nem compreendidos em outros posições.

“Na verdade, o que nos deixa felizes e mostra, ainda que seja de uma forma tímida, a nossa variedade, a nossa diversidade e o nosso potencial é que, entre os produtos exportados, Garça está mandando para o mundo produtos como doces, geleias, marmelades, purês. Nesses primeiros sete meses esse segmento respondeu por 0,043% das exportações e movimentou US$ 25,5 mil. Isso é importante e mostra um novo caminho. Temos um referencial na cafeicultura e também na área do eletro eletrônico. Quem sabe estamos trilhando um novo caminho?”, coloca Mauro José de Sá, informando que no ano passado o setor exportou US$ 80,2 mil, respondendo por 0,12% das exportações realizadas na cidade.

Já as importações se concentraram em não commodities, representando mais de 80% dos produtos comprados no exterior. Fertilizantes e produtos da indústria da transformação estão entre as mercadorias que mais entraram na cidade. De acordo com o boletim do Ministério da Economia entre as muitas importações nos sete primeiros meses de 2022 Garça recebeu: fios, cabos e outros condutores, isolados para usos elétricos – 15% do total; circuitos integrados e microconjuntos electrônicos  - 10%; electroímanes, imanes permanentes e artefactos destinados a tornarem-se ímanes; placas mandris e dispositivos semelhantes – 5,8%; diodes transistores e dispositivos semelhantes com semicondutores – 5,1%; ácidos inorgânicos e outros compostos oxigenados inorgânicos dos elementos não metálicos – 9,5%i.

 


Exportações e Importações

Os países que mais compraram produtos das empresas garcenses nos seis primeiros meses do ano foram EUA - 22,3%, Itália – 13,6%, Alemanha – 21,5%, Argentina – 5,86%, Canadá – 4,33%, Chile – 4,001%, México – 2,65%.

“Nossos produtos chegam a muitos países. Além desses que tiveram uma maior representatividade, nossos empresários também mandaram seus produtos para Rússia, Austrália, Grécia, Noruega, Colômbia, Peru, Uruguai, Malásia, Reino Unido e outros que agora não me vem à mente”, falou Mauro.

Já no campo das importações o dirigente comentou que ainda está longe a não dependência de produtos vindos da China. O país asiático respondeu por 80,9% de toda a importação feita. De lá vieram a maioria dos produtos solicitados pelas empresas garcenses, movimentando US$ 2,19 milhões. Ainda assim, com números que surpreendem, o Ministério da Economia mostra que, em relação ao mesmo período do ano passado, as importações da China tiveram uma queda de 25,7%.

“Durante todo o ano passado a China respondeu por 88% das nossas importações e, em segundo lugar, buscamos produtos na Rússia que respondeu por 3,2% das importações. Este ano o cenário mudou. A Rússia, talvez em razão da guerra com a Ucrânia não nos enviou nada, mas temos o Reino Unido com 3,5%, a Tailândia com 2,9%, a Itália, Malásia, até Hong Kong. A coisa deu uma ‘diluída’”, falou o dirigente.

 

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