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Flagrante mostra esquema de venda de vagas para feirinhas da madrugada

Notícias 05 de novembro de 2013

Com o fechamento da Feirinha do Brás, os ambulantes se espalharam. Esquema conta com escolta armada e propinas, diz organizador.

 

Uma denúncia sobre as feiras de produtos piratas: em São Paulo, as equipes do Bom Dia Brasil flagraram a compra e venda de vagas para quem quer vender mercadorias falsificadas. E o esquema já está se espalhando para outras cidades do país, no interior de São Paulo e em outros estados.

 Depois que a tradicional Feirinha do Brás foi fechada, acabou surgindo uma espécie de feira itinerante. Muitos dos produtos vendidos ali não são originais e nessa época do ano os piratas invadem as ruas das grandes cidades brasileiras. 

O local onde são negociadas vagas para camelôs em feirinhas itinerantes tem música alta e confusão de gente. Os ambulantes dizem que as feiras se multiplicaram depois que um espaço em São Paulo, onde funcionava a Feirinha da Madrugada do Brás, foi fechado para reforma.

 Mais de quatro mil ambulantes ficaram sem ter onde trabalhar e se espalharam primeiro por outros bairros da capital, depois por cidades do interior - como Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto e por fim, por outros estados – Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. 

O agente estipula quanto será cobrado por dia para que o camelô monte um quiosque na feira. “R$ 150 a diária. A gente, para reservar a banca, tem que deixar um sinalzinho”.  

Um camelô que tem medo de mostrar o rosto aceitou contar como funciona o esquema. “Quem paga mais consegue fazer a feira na cidade. Paga para os órgãos: prefeitura, polícia, para tudo. E aí a feira acontece.”

 Nas feiras, os ambulantes vendem de tudo, inclusive produtos falsificados. “Vai poder ter pirata, só que a gente está evitando. Não muito, entendeu? Ou pegar pirata e jogar no meio assim, não ficar muito nas pontas”, diz um vendedor.

 

Em uma feirinha, os ambulantes oferecem roupas, relógios, camisas de times de futebol, óculos, tudo sem nota. “O camelô é um inocente útil. Ele vende o que dão para ele vender. Mas obviamente que eles são a ponta por onde chegam os produtos falsificados ao consumidor, e por isso eles devem ser combatidos toda vez que estiverem vendendo produto irregular”, afirma

Rodolpho Ramazzini, diretor da. Assoc. Bras. de Combate a Falsificação. A indústria da pirataria tem um leque bastante amplo de produtos. São mercadorias que vão de cigarros a produtos de higiene e medicamentos. Hoje em dia as embalagens são tão perfeitas que fica difícil diferencial o original do falsificado, mas o uso de produtos piratas pode representar um risco para a saúde e para a segurança.

 De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação, o Brasil perde cerca de R$ 40 Bilhões por ano com a pirataria. Os setores mais prejudicados são o de autopeças, seguido de cigarros, combustíveis e produtos de grife.  

Em um centro popular não há como ser enganado. O ambulante sabe que está vendendo uma cópia Barata e o comprador sabe que está comprando uma mercadoria falsificada. “Produto falso tem um preço altamente competitivo porque não alfere um centavo de imposto aos cofres públicos, tendo um preço as vezes metade, um terço do produto original”.

 A venda de piratas cresce nos últimos meses do ano com a proximidade do Natal. O momento é bom para os ambulantes, que têm até garantia dos organizadores de viagem segura para participar de feiras em outras cidades.

 “A gente tem ônibus com escolta armada, tem o caminhão. Lá todos estão pagos, inclusive a  barreira fiscal. Então não tem perigo. Polícia, vagabundo, está todo mundo pago”, diz um dos organizadores.  

A Receita Federal informou que apreendeu R$ 16 milhões em mercadorias falsificadas no ano passado. Este ano já foram R$ 42 milhões de apreensões. A Associação Brasileira de Combate à Falsificação  contou que nos últimos cinco anos o volume de produtos apreendidos no país cresceu 25%.  

Confira o vídeo da matéria: 

http://globotv.globo.com/rede-globo/sptv-1a-edicao/v/sptv-mostra-esquema-de-venda-de-barracas-em-feiras-itinerantes/2932457/

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