Fragrâncias em ambientes estimulam as vendas

Nem sempre o preço de um produto ou a promoção na vitrine é o que mais atrai o cliente e aumenta o tráfego no estabelecimento. E só pensar no aroma, sentido à distância, dos frutos secos caramelizados da Nutty Bavarian, normalmente vendidos em quiosques em shoppings e aeroportos.

O aroma, na verdade, é mais uma ferramenta que o varejista pode usar para atrair o cliente e chamar a atenção para o seu produto. Trata-se de marketing olfativo, que consiste em estimular os sentidos dos clientes, criando uma atmosfera envolvente e propícia à venda.

Na Europa e nos Estados Unidos a estratégia já é comum desde os anos 70 e já foi muito explorada por grandes redes. No Brasil a ideia vem se disseminando cada vez mais e o resultado positivo é garantido. “Ao estimular os sentidos, estimulamos maior vínculo emocional com o cliente”, explica a consultora do Sebrae, Alessandra Consoline, que falará sobre esta e outras ferramentas do marketing em oficina na Escola de Negócios da ACE Jundiaí no dia 17 de maio. “Dados do Point of Purchase Advertising International apontam que o marketing olfativo contribui para elevar o faturamento do varejo em torno de 20%.”

Segundo ela, em análises de ponto de venda a experiência de consumo do cliente está diretamente vinculada ao microclima. “O cliente passa a identificar a marca pelo ‘cheiro’ que a loja tem, isso é marketing olfativo.”

A empresária Rosangela Lumazini Sin, do Ateliê Loja Sonho Encantado, no Eloy Chaves, investiu na estratégia no início desde ano e já consegue avaliar o resultado com a reação de seus clientes. “Muitos comentam que entraram na loja porque sentiram o cheiro. Eles gostam da sensação de bem-estar, de prazer que o aroma proporciona”, afirma.

Rosangela contratou a especialista em aromas, Ana Caroline de Paula, que desenvolveu um produto de acordo com o público do Ateliê. Além de trabalhar a fragrância difusa no ambiente, a varejista também coloca um sachê com o mesmo cheiro nos embrulhos de presente. “Recebo clientes que vieram à loja porque receberam presente com o sachê.”

O investimento na criação de um aroma exclusivo custa a partir de R$ 800, segundo Ana. “O varejista que investe nesta estratégia mostra que está atualizado e consegue dar um ar de sofisticação ao ambiente.”

Mas para usar o marketing olfativo e alcançar bons resultados é preciso critérios e estratégias corretas para evitar efeitos diferentes daqueles pretendidos pelo varejista. Segundo Ana, antes de criar a fragrância para o ambiente é necessário um estudo que avalia critérios como tipo de público e quais as intenções do varejista: venda rápida, de impulso ou maior permanência do cliente da loja. “O cheiro induz sensações no organismo, faz com que o cliente fique mais eufórico, com mais fome ou mais tranquilo”, diz. “Por isso o varejista deve conhecer o seu público.”

Além do olfato, o empresário também pode trabalhar outras sensações nos clientes utilizando o marketing para a visão, audição, paladar e tato.

Saiba mais sobre marketing:

Dia 16 de maio, das 9h às 18h: Curso Branding: como dar significado à marca e potencializar resultados, com Vanessa Carvalho e Isabela Cardoso

Dia 17 de maio, das 19h às 22h: Oficina Inove para Ganhar Mais, com Alessandra Consoline

Local: Escola de Negócios ACE Jundiaí

Informações: http://www.acejundiai.com.br/cursos-e-eventos/