Garça, Vera Cruz, Tupã e Ourinhos têm risco de surto de dengue em 2023

A Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) classificou as cidades de Garça, Vera Cruz, Tupã e Ourinhos com risco de surto de dengue em 2023. A indicação do risco vem após o término do novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), realizado em janeiro. O caso mais crítico é o de Vera Cruz, que teve o Índice de Breteau (IB) de 2,35 em outubro do ano passado para 10,81 em janeiro deste ano.

O IB é usado para medição do número de larvas do Aedes encontradas em relação aos imóveis vistoriados. O Ministério da Saúde, com base na Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que índices inferiores a 1% indicam “condições satisfatórias”. De 1% a 3,9% é considerada “situação de alerta”. Quando acima de 3,9%, a infestação representa “risco de surto de dengue”.

Em outubro do ano passado, Vera Cruz apontava 2,35, em situação considerada de alerta, mas com a nova classificação em 10,81, a cidade passa para o “risco de surto de dengue”. O aumento no Índice de Breteau foi de 360% em três meses.

No ano passado em Ourinhos, o IB apontava 4,5, passando para 5,5 em janeiro deste ano. Garça teve aumento de 575%. Em outubro de 2022, o Índice de Breteau apontava 0,8, em condições consideradas satisfatórias, mas foi para o risco de surto em janeiro agora.

Tupã também apresentou crescimento no comparativo entre as duas verificações, com 1,9 em outubro de 2022 e 9,5 em janeiro de 2023, o aumento foi de 400%. Marília também está classificada em situação de risco de surto de dengue, com o IB de 6,9.

O mosquito Aedes aegypti é um inseto que se reproduz em água parada. As fêmeas depositam os ovos em locais com água acumulada.

Estima-se que uma só fêmea possa espalhar ovos num raio de quase 1 km. Em cerca de dez dias, o ovo se torna mosquito adulto e começa a picar, para garantir sua sobrevivência, já que se alimenta do sangue humano. O ciclo de vida do mosquito é de cerca de 30 dias.

Os sintomas da dengue são febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, perda de paladar e apetite, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, manchas e erupções avermelhadas na pele semelhantes ao sarampo, moleza e dores musculares intensas, nas articulações e atrás dos olhos.

A Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG vem trabalhando juntos aos comerciantes em campanha publicitária de orientação e combate à dengue.

“Esses índices nos trazem preocupação. Assim como temos feito no decorrer dos anos, estamos intensificando campanha de orientação entre nossos associados, que divulgam os cuidados necessários e os reproduzem entre seus colaboradores. É uma rede que convida e chama cada um a fazer a sua parte. Garça não pode se sucumbir ao mosquito e, mais que da Administração Pública, o controle, o combate depende de cada munícipe”, salientou o superintendente da ACIG, Fábio Dias.

O dirigente lembrou todos os malefícios para a economia, para o desenvolvimento econômico, para a Saúde Pública, caso Garça não diminua esses índices.