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Germano Rigotto, Heráclito Fortes e Paulo Delgado apontam problemas e desafios na política brasileira

Notícias 10 de junho de 2013

A publicidade é o principal problema hoje na política brasileira. As eleições de 2014 serão marcadas pelo fim da polarização - com uma terceira via – e vão trazer um debate mais rico para o eleitor. É urgente a realização de uma reforma política. Essas foram algumas das constatações dos palestrantes do painel “Eleições Presidenciais de 2014”, nesta segunda-feira (7/10), na capital paulista. Germano Rigotto, Heráclito Fortes e Paulo Delgado falaram no evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) durante reunião conjunta do Conselho Político e Social (COPS) e do Conselho de Economia (COE), da entidade. 

“É uma grande satisfação ter aqui três eminentes políticos, pessoas públicas do maior gabarito, que vão nos dar uma ideia da situação que vivemos hoje”, disse o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato.

Estiveram presentes o presidente do COPS, Jorge Konder Bornhausen, e o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), José Paulo Dornelles Cairoli. 

Paulo Delgado, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e deputado federal de 1986 a 2011, apontou a publicidade como o grande problema na área. “Quando a publicidade entrou na política brasileira, deu um caráter ornamental ao discurso político. Hoje há um anti-racionalismo. A publicidade tira o caráter real e transforma questões secundárias em principais”, enfatizou Delgado. 

A consequência disso, segundo o professor, é que a política atraiu todo tipo de gente: artistas, jogadores de futebol. “Isso produz impacto emocional. Essa estratégia de atração mostra nossa fragilidade política, ao invés de se enfrentar o eleitor na racionalidade”. Segundo Delgado, na política trabalha-se a partir de pesquisas publicitárias. “É assim que se ganha eleição no Brasil”, resumiu o palestrante.  

O ex-governador do Estado do Rio Grande do Sul e presidente do Instituto Reformar de Estudos Políticos e Tributários, Germano Rigotto, afirmou que as perspectivas para as eleições presidenciais de 2014 estão nebulosas. “Mas há um quadro que significa o fim da polarização entre PSDB e PT e isso é positivo”, ressaltou Rigotto, lembrando que os dois partidos se revezam no poder desde 1994. “O fato de não ter essa polarização significa avanço no debate político. Haverá um debate mais rico em 2014 com o surgimento de uma terceira via. Na eleição passada, o debate foi pobre, sem as grandes questões nacionais. O Brasil exige mais do que discussão sobre o passado. As reformas estruturais estão emperradas, essas questões não foram tocadas em 2010”, completou o ex-governador gaúcho. 

Para Rigotto, as entidades empresariais precisam fazer chegar aos candidatos os compromissos com gargalos na infraestrutura, que diminuem a competitividade do Brasil.   

O ex-senador da República Heráclito Fortes chamou a atenção para a necessidade de mudanças nas regras políticas brasileiras. “Precisamos, mais do que nunca, de uma reforma política; evitar que os parlamentares troquem de partido por interesse. 

Ele contou que, quando participou da comissão de infraestrutura do Senado, chamou sua atenção a dificuldade de instalação de capital estrangeiro no Brasil em razão de insegurança jurídica. “Tenho esperança de que esse ciclo tenha chegado ao fim”, disse Heráclito Fortes.

Mais informações:
Ana Cecília Panizza
Assessoria de Imprensa da ACSP
apanizza@acsp.com.br
(11) 3180-3220

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