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Governo Temer tem 60% de chances de dar certo, afirma Roberto Macedo em palestra na ACSP

Notícias 01 de junho de 2016

São Paulo, 1º de junho de 2016. Mesmo com os grandes desafios pela frente, o governo do presidente em exercício Michel Temer tem 60% de chances de dar certo. A estimativa é do economista Roberto Macedo, que fez palestra nesta terça-feira (31/5) na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Roberto Macedo é doutor por Harvard/EUA e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Ao analisar o cenário econômico que o governo enfrentará nos próximos meses, ele apresentou dados que realçam o momento de fragilidade vivido pelo País. Falou sobre o baixo crescimento da economia brasileira, ressaltando que, em 2015, só não foi pior do que os crescimentos de Ucrânia, Líbano e Venezuela. “O Brasil está realmente mal nesse contexto. Na Venezuela, até as companhias aéreas estão cancelando voo. E Ucrânia e Líbano são países em guerra. Então, é uma situação realmente lamentável”, comentou Macedo, que coordena o Conselho de Economia da ACSP.

Na avaliação dele, o plano de Temer é correto e quase um consenso entre os economistas que integram o “fluxo principal do pensamento econômico mundial e brasileiro”. Contudo, o atual presidente tem pela frente uma barreira política que pode complicar o sucesso de suas medidas.

Entre os principais empecilhos está a reforma previdenciária, que deve sair apenas em 2018, no entendimento de Macedo, por ser uma matéria que divide os parlamentares e que pode comprometer a maioria que Temer tem no Congresso neste momento. “A Previdência parece que fica para depois da eleição municipal, para não desgastar os deputados, que se envolvem nas campanhas dos prefeitos”, disse.

Para o economista, porém, a reforma previdenciária é apenas um dos problemas a serem resolvidos por Temer. A questão mais urgente, diz Macedo, é conter a sangria de recursos. Isso, no entanto, não pode ser feito sem mexer em áreas sensíveis do governo. “Tem gente que diz que não pode mexer na saúde, não pode mexer na educação, mas aí como resolve isso? É como você ter um problema cardíaco e não poder fazer cirurgia”, comparou.

Outro ponto enfatizado pelo palestrante foi a infraestrutura, que segundo ele está recebendo a devida atenção por parte do governo Temer, embora envolva muitos pontos a serem solucionados. “Um dos problemas que fazem com que o Brasil cresça pouco é porque ele investe pouco. O investimento é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira”, disse. Segundo números apresentados por Macedo, enquanto o Brasil aloca em média 17% do PIB em investimento produtivo e infraestrutura, na China esse montante chega a 47%.

“Infraestrutura é fundamental. Você tem uma economia que está na UTI, e o paciente está fraco. Você não pode ficar só cortando e remendando. Você tem que fortalecer o paciente”, afirmou Macedo.

  

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa ACSP
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / (11) 99196-4972

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