ICV-P registra queda de 2,82% em junho

Análise, elaborada pelo Ejea/Esalq-USP, mantém o patamar de queda do mês anterior

 O ICV-P (Índice de Confiança no Varejo de Piracicaba) registrou nova queda no mês de junho. O levantamento mensal, realizado pelo Ejea/Esalq-USP (Empresa Júnior de Economia e Administração), em parceria com a Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), apontou queda de 2,82%, passando de 104,89 para 101,93 pontos, comparado com o mês anterior. A queda se mantém desde a última análise, já que o mês de maio fechou com o índice mais baixo do ano: 14,43%. 

Conforme a análise, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, o índice sofreu uma leve queda de 1,05%. O ICA (Índice de Confiança Atual), que mede a confiança dos varejistas em relação à economia e às vendas no mês, também registrou queda de 4,75% no período em análise. Há também uma percepção negativa, conforme o levantamento, em relação à perspectiva futura da economia, observada pelo Índice Futuro (ICF), que teve uma queda de 1,66%. 

O ICV-P é calculado desde 2014, com base em entrevistas realizadas mensalmente com 200 comerciantes e contempla três tipos de indicadores: o índice atual (ICA), que mede a expectativa atual dos comerciantes; o futuro (ICF), que mede a expectativa futura, e o geral (ICV-G), que leva em conta as vendas atuais e a perspectiva futura do comerciante piracicabano em relação à economia. O levantamento é utilizado como referência para os tomadores de decisão de Piracicaba e região, conforme o Ejea. 

SEGMENTOS – No setor de Habitação houve redução de 1,36% do índice que mede a percepção em relação às vendas atuais, o que pode ser reflexo, conforme a análise, no caso das empresas que trabalham com ferro e aço, do aumento do preço da matéria prima que são importados da China. Os setores de Alimentação e Vestuário, registraram queda de 1,11%, e 5,60%, respectivamente. O único setor que registrou comportamento distinto foi o de Higiene e Cuidados Pessoais, que apresentou aumento das vendas em 28,87%. 

O presidente da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso, explica que junho foi um mês que contou com reflexos da Copa do Mundo, entre outras questões. “Em se tratando do setor da alimentação, apesar da queda apontada, percebemos um aquecimento das vendas nos restaurantes, bares e supermercados, já que muitas pessoas consumiram mais para assistir aos jogos do Brasil. Além disso, a queda no item alimentação em junho foi menor do que a registrada no mês passado (de 16,31%,), que, como outros segmentos, sofreu com a paralisação dos caminhoneiros. Além disso, no setor de vestuário, se trabalhava com a expectativa de aumento mais significativo nas vendas devido à mudança de estação, porém, as temperaturas, consideradas altas para a época, acabaram desacelerando a venda da coleção de inverno. Em relação aos produtos de higiene, houve muita procura pelos sprays e pinturas faciais, também por conta dos jogos, o que pode ter contribuído para o aumento nas vendas”, apontou. 

A coordenadora do ICV-P, na Esalq/USP, Milena La Rubia, acrescentou que o impacto negativo nos setores de Habitação e Vestuário, ocorreu pelo fato de os estabelecimentos terem de “fechar no período dos jogos do Brasil." 

SERVIÇO – Outras informações sobre o índice, com a equipe do Ejea/Esalq-USP pelo e-mail: icv.piracicaba@gmail.com 

Juliana Ferraz
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