Índice de Confiança do Varejo tem queda no mês de julho

Análise, elaborada pela Ejea/Esalq-USP, mantém o patamar de queda 

O ICV-P (Índice de Confiança do Varejo de Piracicaba), levantamento mensal realizado pela Ejea/Esalq-USP (Empresa Júnior de Economia e Administração), em parceria com a Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), apontou queda de 7,64% no mês de julho. O percentual corresponde a queda de 101,93 para 94,14 pontos na análise, se comparado com o mês anterior. Em junho, ocorreu nova queda, embora menor, de 2,82%. 

Para o presidente da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso, a queda pode ser reflexo da cautela demonstrada por parte dos consumidores. “Estamos em um período de retomada, quando o pior da crise passou e economia está estabilizada. Porém não é crescente como deveria para caracterizar o cenário para consumo esperado pelos lojistas. Além disso, é preciso considerar que grande parte dos consumidores está cautelosa no momento comprar devido ao período de grande instabilidade política. Estão em compasso de aguardo. Esses fatores impactam no comércio e, consequentemente, influenciam na expectativa dos varejistas”, apontou Furtuoso. 

O ICA (Índice de Confiança Atual), que mede a confiança dos varejistas em relação à economia e às suas vendas no mês, registrou uma queda ainda maior, de 13,47%, no período em análise. Houve, também, uma percepção negativa em relação à perspectiva futura da economia, mensurada pelo ICF (Índice Futuro), que teve uma queda de 5,41% em julho e 1,66% em junho. Infelizmente, o movimento negativo crescente ocorre em todos os índices avaliados. 

“Para os comerciantes dos setores de Habitação e Automotivo, o mês de julho teve um desempenho positivo. Contudo, nos demais setores que pesquisamos, o período foi representado por uma queda das vendas. Os comerciantes piracicabanos acreditam que a incerteza política e o desemprego que assola o país são fatores que contribuem para a diminuição do consumo”, afirma a coordenadora do ICV-P, na Esalq-USP, Milena La Rubia. 

SEGMENTOS – Os setores analisados apresentaram variação diferente. O segmento de Habitação teve leve crescimento de 0,71% do índice. No setor Automotivo, primeiro resultado a ser calculado pela Ejea, foi o único em que houve um crescimento maior, de 12,64% em relação ao mês anterior. O setor de Alimentação registrou uma queda de 9,09%, quando comparado ao mês passado, e o setor de Vestuário registrou queda ainda mais acentuada na confiança em relação às suas vendas atuais, de 15,90%. O setor de Higiene e Cuidados Pessoais apresentou uma diminuição do índice de expectativa em relação às vendas em 9,82%.

 SOBRE O ÍNDICE – O ICV-P é calculado desde 2014, com base em entrevistas realizadas mensalmente com 200 comerciantes e contempla três tipos de indicadores: o índice atual (ICA), que mede a expectativa atual dos comerciantes; o futuro (ICF), que mede a expectativa futura, e o geral (ICV-G), que leva em conta as vendas atuais e a perspectiva futura do comerciante piracicabano em relação à economia. O levantamento é utilizado como referência para os tomadores de decisão de Piracicaba e região, conforme o Ejea. A partir do último mês de julho, foi inserido na análise também o setor Automotivo. Portanto, o levantamento tem como base cinco setores predominantes no município: higiene e cuidados pessoais, alimentação, vestuário, habitação e automotivo. 

SERVIÇO – Outras informações sobre o índice com a equipe da Ejea/Esalq-USP pelo e-mail: icv.piracicaba@gmail.com.

Natália Marim
Departamento de Comunicação
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