As evidências do comportamento do mercado de trabalho podem ocorrer de duas formas: 1) através da oferta, com indicadores e número de Faturamento e/ou volume físico de produção das empresas em um dado período; 2) através da demanda por trabalho que se traduz na quantidade de ocupações.
As ocupações são classificadas pelo IBGE como: 1) empregado (com ou sem carteira de trabalho) nos setores privado e público; 2) trabalho doméstico (com ou sem carteira de trabalho); 3) empregadores (com ou sem CNPJ); 4. trabalho por conta própria; 5. trabalho auxiliar familiar.
Sabemos pela pesquisa do IBGE para as regiões metropolitanas do Brasil que:
São Carlos. Na dimensão municipal as pesquisas mensais só existem para a situação de empregado com carteira de trabalho. Essa informação é fornecida pelo Ministério do Trabalho através dos relatórios mensais enviados pelas empresas, denominado de Cadastro Geral de Empregados e de Desempregados.
A divulgação do CAGED é o principal recurso para traduzir o comportamento econômico de uma cidade, muito embora, as demais ocupações é que podem explicar de fato os movimentos da conjuntura, com as transições entre: 1) trabalho formal e informal; 2) empregador com e sem CNPJ; 3) trabalhador por conta própria com e sem CNPJ.
Tabela 1 – Evolução do Emprego Formal em São Carlos, junho de 2019/2018
Fonte: Cadastro Geral do Empregados e Desempregados, Ministério do Trabalho, MTb.
Na Tabela 1 verificamos uma estabilidade não só do total de emprego com carteira de trabalho como do emprego segundo os setores de atividade econômica. Apesar de existir esta estabilidade, há movimentos de admissões e demissões. Por exemplo, no primeiro semestre de 2019, o setor que mais contratou e demitiu foi o Extrativo Mineral com 12.717 admitidos e 12.730 demitidos; a indústria de transformação contratou 2.118 e demitiu 2.418 empregados; o setor de serviços contratou 5.557 e demitiu 5.250 pessoas; o comércio admitiu 3.513 e demitiu 3.737.
Tais movimentos alteram a média de rendimentos das pessoas na cidade e são provocados por fatores setoriais e conjunturais. Uma melhor percepção da conjuntura depende de acompanhamento setorial dentro das respectivas associações patronais, através de reuniões com pauta e depoimentos. Tal estrutura pode ser concebida como um ecossistema para avaliação periódica semestral.