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Marca de R$ 2 trilhões chega 41 dias de antecedência

Notícias 25 de julho de 2024

 

O tesoureiro da diretoria da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Manoel Batista de Oliveira, ficou surpreso com as últimas marcas do Impostômetro, painel que mostra quanto de imposto o Governo já recebeu, ao atingir a marca de R$ 2 trilhões com 41 dias de antecedência, do dia atingido no ano passado. “Isso quer dizer que o empresariado está fazendo a parte que lhe cabe, diferente do que o Governo está entregando através de obras e serviços públicos”, disse o dirigente mariliense, ao lembrar de que o Impostômetro mostra em tempo real o valor de tributos arrecadados pelos governos federal, estaduais e municipais, entre impostos, taxas e contribuições, além de multas, juros e correção monetária. O valor recorde foi atingido no último dia 21, e a tendência é de que este ano novo recorde seja atingido no final do ano. “A arrecadação segue cada vez mais voraz”, afirmou.

 

O impostômetro foi criado em 2005 pela Associação Comercial de São Paulo, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), e o Impostômetro chegou pela primeira vez a R$ 1 trilhão – em valores nominais – em 2008. Atingiu os R$ 2 trilhões somente em 2016. Em 2022, houve um salto para R$ 3 trilhões. De 2005 a dezembro de 2023, o valor nominal soma R$ 36,2 trilhões. O crescimento nominal foi de 394,3% nesse período, muito acima da inflação (IPCA-IBGE) acumulada, de 182,4%. “Pura demonstração de que a reforma tributária é mais do que necessária”, defendeu Manoel Batista de Oliveira que vem acompanhando o impostômetro há muito tempo. “É um parâmetro importante para o empresário, pois, fica claro que o Governo está cada vez mais enérgico quanto à cobrança de impostos”, falou. “A injustiça está na oferta do serviço público que está cada vez pior”, lamentou o dirigente mariliense ao tomar conhecimento dos valores.

 

Segundo pesquisas econômicas e sociais o Brasil está na 30ª posição entre os Governos que retribuem com bons serviços públicos, de acordo com o recebimento de impostos. Segundo o Índice de Retorno e Bem-estar Social (IRBES), Irlanda, Estados Unidos e Suiça estão entre os três melhores países, neste sentido. “O ruim não é pagar impostos”, disse Manoel Batista de Oliveira. “Ruim é pagar e receber um serviço público ruim”, falou ao lamentar o fato de que o dinheiro público não está sendo bem administrado. “Os Governos Federal, Estaduais e Municipais infelizmente não estão entregando aquilo que a população espera que eles entreguem, com o pagamento de impostos”, falou ao lembrar que o Estado de São Paulo já recolheu mais de R$ 727 bilhões, e o Governo Municipal mais de R$ 194 milhões. “Somente o Estado de São Paulo recolhe sozinho, quase 40% dos impostos no Brasil”, destacou ao ver o impostômetro, com frequencia, através da Internet, pelo portal: https://impostometro.com.br/ quando é possível acompanhar em tempo real o recolhimento de impostos em todo o território nacional. “Com esses R$ 2 trilhões seriam possível comprar quase 5 bilhões de cestas básicas”, comparou.

 

O recorde atingido, segundo os especialistas, se deve pelo aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS e COFINS nos combustíveis, pois, existe um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo, assim, à medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. “Quando esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, vamos continuar a ver essa antecipação dos resultados”, falou o tesoureiro da associação comercial mariliense.

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