Movimento Vem pra Rua organiza manifesto contra impunidade em Piracicaba

Acipi, ao lado de outras entidades, apoia o ato de forma não partidária

Diversos protestos contra a impunidade no Brasil, organizados pelo movimento Vem pra Rua, serão realizados na próxima terça-feira, dia 3 de abril, em todo o país. Em Piracicaba, o ato acontecerá às 18h, com concentração na praça José Bonifácio. 

Um dia antes do STF (Supremo Tribunal Federal) deliberar sobre o pedido de habeas corpus do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, após condenação em segunda instância, a manifestação terá como mote a mobilização do povo brasileiro contra a impunidade e a sustentação de condenações em segunda instância não só para casos que envolvam políticos, mas qualquer outro cidadão que cometa delitos. O Brasil é um dos poucos países que ainda levam as decisões para condenação até as últimas instâncias.

Para o coordenador do Vem pra Rua Piracicaba, Willian Bueno, é “preciso sair às ruas, pois o momento é importante para o futuro do Brasil”. “Independe de quem seja, a lei é para todos! Passamos muito tempo achando que a lei não funciona para os poderosos e para os políticos. Para que este futuro esteja mais próximo, precisamos dar o recado aos ministros do STF”, afirma.

A Acipi, como uma entidade de classe que trabalha com foco no desenvolvimento da cidade e do país, apoia a mobilização da sociedade de forma não partidária. “A lei deve ser aplicada a todos. A concessão do habeas corpus vai contra os esforços da Operação Lava Jato, que, por sua vez, é a favor da democracia e da justiça. E mais importante ainda é o fato de que isso abre precedentes para que outros criminosos, que cometeram outros tipos de delitos graves contra a sociedade, possam ter suas prisões revistas após condenação, o que caracteriza um retrocesso na aplicação da legislação brasileira. O STF não pode mudar os princípios jurídicos para favorecer determinados condenados. A lei tem que ser igual para todos e não podemos aceitar benefícios jurídicos para atender a um condenado e colocar toda a sociedade em risco. A participação da sociedade se faz necessária com engajamento, principalmente, dos jovens nesse importante momento do nosso país”, explica Luiz Carlos Furtuoso, vice-presidente da Acipi. 

Rebeca Bueno
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