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Nota à imprensa

Notícias 28 de fevereiro de 2014

Sobre a “Nota de Imprensa” da Prefeitura encaminhada aos veículos de comunicação na noite de quinta-feira, 27, em resposta ao ofício protocolado pela ACIF, CDL, Sindicato do Comércio Varejista, Sindicato dos Empregados no Comércio de Franca e Região e Sindifranca - que solicita o retorno das vagas de estacionamento nas ruas do Centro -, a ACIF responde em respeito aos profissionais da imprensa. E esclarece: 

Sempre respeitamos a autoridade do Prefeito e estamos decepcionados com o total descaso e despreparo do Poder Executivo ao responder o documento para a imprensa e não às Entidades que assinaram o ofício, aos mais de 300 empresários que estiveram presentes na ACIF e aos mais de cinco mil cidadãos francanos que participaram do abaixo-assinado. 

1 – Desde o corte de 329 vagas de estacionamento nas ruas do Centro, os empresários instalados na região sofrem com a queda das vendas, que já chegou a 40% de redução conforme pesquisas realizadas pela Central de Relacionamento da ACIF. A nota da Prefeitura deveria ser mais clara em suas observações ao afirmar que Franca é “a 13ª cidade do País em geração de empregos em janeiro, conforme dados do Caged”. É importante esclarecer que a geração de emprego se deu pela indústria de transformação, com destaque para o setor calçadista, que abre novas vagas para recontratar os colaboradores demitidos no fim do ano. Conforme dados da matéria “Criação de emprego em Franca é a menor dos últimos cinco anos”, publicada no dia 28 de novembro de 2013 pelo jornal Comércio da Franca, “um dos setores que menos ofereceram oportunidade formal foi o comercial”. 

2 – É imprecisa a afirmação de que houve “audiência pública e que a proposta foi colocada em votação, sendo aprovada pela maioria absoluta dos presentes”. A Prefeitura entrou em contato com a ACIF dias antes da reunião apenas para solicitar o empréstimo do auditório. A Entidade cedeu graciosamente o espaço para uma reunião que trataria da proposta de intervenções na área central. “Coincidentemente”, a Prefeitura promoveu a reunião no mesmo dia e horário em que já havia uma reunião na Câmara Municipal entre os vereadores e empresários para tratar de um assunto de grande proporção: a realização de feiras itinerantes na cidade, que também prejudicou os comerciantes de todas as regiões de Franca. Na ocasião, os representantes da ACIF se dividiram para participar de ambas as reuniões. Especificamente sobre as alterações no estacionamento, em nenhum momento houve votação e, sim, a apresentação do projetoCinco dias depois, a Prefeitura iniciou as mudanças no Centro. 

3 – O ofício considera que a retirada das vagas de estacionamento onerou o acesso da população ao Centro já que o valor dos estacionamentos privados aumentou em até 50% e, em seguida, o preço da área azul subiu 25%. Nosso ofício não entra no mérito do motivo do reajuste da área azul. 

4 – Quanto às assinaturas coletadas em cinco dias, o número é expressivo. Porém, se o abaixo-assinado tivesse sido feito antes do corte das vagas de estacionamento, com certeza muito mais assinaturas teriam sido coletadas no mesmo período. Causa espanto às Entidades o desconhecimento do Executivo em relação à rotina e fluxo de pessoas que circulam pelo Centro. Lastimável hoje presenciarmos ruas e lojas vazias numa região que sempre foi pujante. 

5 – Dados estatísticos, números, planilhas e informações analisadas friamente e à distância, não servem como parâmetroFrisa-se: o que foi afirmado no ofício é que a medida favoreceu os crimes. Para comprovar, basta ler diariamente as páginas policiais dos jornais locais: assaltos em plena luz do dia emestabelecimentos instalados no Centro os bandidos com a rua livre sem trânsito para fugir ainda mais rápido. Além disso, o documento considera a possibilidade iminente de desvalorização imobiliária e degradação da área central o receio dos empresários em relação ao futuro da região, a exemplo de grandes cidades que tiveram seus Centros transformados em cracolândias. Nada mais coerente. 

6 – Ora, a alegação do Executivo não tem propósito. O Centro de Franca sempre foi e deverá continuar a ser o “coração” da cidade. As ruas centrais não podem ser vistas como corredores de passagem entre os bairros, mas, sim, como destino da população pela diversificação de sua economia. Até mesmo pelas suas características, estreitas e com prédios históricos, seria hilário pensar em alargar as ruas como mencionado na nota. A alternativa, ao invés de imposta, deveria ser pensada e estudada por profissionais especializados em engenharia de trânsito. 

7 – Infelizmente, leviana é a afirmação de que o Sr. Prefeito está “aberto a qualquer diálogo para encontrar novos caminhos”. Os presidentes das Entidades foram pessoalmente ao Gabinete da Prefeitura protocolar o ofício e, no entanto, obtiveram resposta por meio da imprensa. Em consideração aos que representam e ao trabalho desenvolvido em prol do crescimento da cidade, deveriam ser, no mínimo, convocados para uma reunião ou diálogo, conforme solicitado no ofício. 

8- Como esclarecimento, reiteramos que nenhuma das Entidades recebeu qualquer resposta oficial da Prefeitura até o presente momento. 

Por fim, lamentamos profundamente a postura adotada pela Prefeitura. Respostas agressivas, como as expressadas pela nota, em nada auxiliam o desenvolvimento de nossa cidade e ferem, frontalmente, as relações entre o Poder Executivo e os órgãos da sociedade civil organizada. 

Assessoria de Imprensa ACIF

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