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“O Brasil nunca precisou tanto de choque de moralidade e gestão”, defendem Associações Comerciais paulistas em documento

Notícias 09 de novembro de 2015

Guarujá, 6 de novembro de 2015. No início da noite desta sexta-feira (6/11), no encerramento do 16º Congresso da Federação das Associação Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, presidente da Facesp, juntamente com as entidades filiadas, apresentaram um documento de manifesto em relação ao atual momento do País.

Intitulado “Carta de Guarujá” e lido por João Bico de Souza, vice-presidente da Facesp e da ACSP, o texto lista 12 pontos considerados essenciais “para que o povo brasileiro possa recuperar sua autoestima, e o país voltar ao caminho do desenvolvimento”. Segundo a carta, o Brasil nunca precisou tanto de um choque de moralidade e gestão como agora.

Entre os pontos elencados, é citado que “o governo brasileiro tem que se comportar de acordo com a nossa realidade, coibindo o eterno festival de gastança inconsequente”. Além disso, a Carta de Guarujá defende que “o sistema eleitoral tem que ser revisto para conter o poder da máquina, tão coercitivo nas campanhas eleitoral, eliminando-se a viciada reeleição”.

O documento foi lido para os mais de 1.300 participantes - e representa a contribuição do 16º Congresso Facesp à sociedade brasileira. Mais abaixo é possível ler a íntegra do documento. 

 

Texto: Renato Santana de Jesus

Fotos do evento: www.facebook.com/FACESP

 

Mais informações:
Ana Cecília Panizza
Assessoria de Imprensa
apanizza@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / (11) 97497-0287

 

 

CARTA DE GUARUJÁ

 

As Associações Comerciais do Estado de São Paulo, reunidas no 16º Congresso Estadual da FACESP-FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO, manifestam sua posição sobre o momento atual do País: 

 

O Brasil amarga uma grave crise que não é só econômica. É também política e ética, agravada pela falta de liderança em todos os segmentos. A classe política enfrenta o descrédito da população. Os órgãos governamentais e os serviços públicos não funcionam como deveriam.

 

Os valores éticos que deveriam nortear a conduta dos homens públicos e dos empresários são manchados pela corrupção de alguns, que não querem servir, mas se servirem do Brasil. O clima de impunidade assegura o sucesso dos negócios escusos.

 

O Brasil nunca precisou tanto de um choque de moralidade e de gestão para despertar do perigoso caminho que está nos levando para o abismo.

 

Elencamos algumas atitudes necessárias por parte dos homens públicos, para que o povo brasileiro possa recuperar sua autoestima, e o país voltar ao caminho do desenvolvimento.

 

01 – O Governo Brasileiro tem que se comportar de acordo com a nossa realidade, coibindo o eterno festival de gastança inconsequente. Gastar menos e gastar melhor.

 

02 – Os partidos políticos que se servem dos ministérios como moeda de troca têm que ser reduzidos ao mínimo necessário para sustentar a democracia, o que exige uma reforma que leve não apenas à redução de seu número, como assegure o respeito a seus programas.

 

03 – O número de ministérios tem que ser reduzido a uma quantidade mínima para atingir a eficácia, ao invés de servirem de cabide de empregos ou para barganha política.

 

04 – Os Governadores dos Estados têm que desenvolver ações para a coesão nacional, para que possa prevalecer o verdadeiro espírito federativo.

 

05 – O sistema eleitoral tem que ser revisto para conter o poder da máquina, tão coercitivo nas campanhas eleitorais, eliminando-se a viciada reeleição.

 

06 – As estatais, autarquias e agências reguladoras têm que ser controladas para não se tornarem agências de negócios ou de concessão de privilégios.

 

07 – O Senado, a Câmara e as Assembleias têm que eliminar privilégios de seus representantes e reduzir seus custos, mirando nos exemplos da austeridade dos países desenvolvidos.

 

08 – O sistema representativo tem que passar por reengenharia saneadora, revendo a quantidade de senadores, deputados federais e estaduais e os vereadores devem integrar as Câmaras Municipais como prestação de serviços à comunidade, absolutamente sem remuneração e mordomias.

 

09 – Todas as divisões, subdivisões, ramificações do Poder Judiciário têm que se afinar estritamente ao cumprimento da Lei, sem vantagens adicionais que possam representar privilégios.

 

10 – O sistema da Previdência Social deve ser revisto, eliminando-se privilégios de grupos e assegurando a todos os aposentados uma retirada da vida profissional com dignidade e sem miséria.

 

11 – Os gastos públicos em todas as esferas de governo tem que ser reduzidos. A gestão pública tem que ser aprimorada com base na meritocracia e os investimentos devem ser estimulados através de parcerias com o setor privado.

 

12 – Deve-se rever a intervenção governamental na atividade empresarial ao mínimo indispensável. A burocracia deve ser radicalmente diminuída e a tributação simplificada, reduzida e racionalizada.

 

Como conclusão, é fundamental que se permita ao setor privado conduzir o País ao desenvolvimento e à sociedade brasileira comandar os destinos do Brasil, ao invés de ser conduzida pelos políticos burocratas.  

 

 

Guarujá, 06 de novembro de 2015

Congresso da FACESP

 

  

 

 

Sobre a Facesp: A Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com 52 anos de existência, promove a união das "forças vivas" do Estado de São Paulo, estimulando os empreendedores paulistas a participar da vida política, econômica e social do Estado e do País. É uma entidade de âmbito estadual, com a missão de integrar o empresariado paulista por meio das Associações Comerciais de cada município, atuando em ações que tenham por objetivo a luta pelas liberdades individuais, o apoio à livre iniciativa, a unidade da classe empresarial e a garantia da democracia e do desenvolvimento. Atualmente, mais de 420 Associações Comerciais integram a Facesp e lutam, juntas, pela bandeira do empreendedorismo.

 

 

 

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