Páscoa de 2022: Associação acredita que esta semana será de recuperação

A Semana Santa entrou na reta final e no próximo domingo, 17, será comemorado o Domingo de Páscoa. A abertura vivida nos últimos meses leva a Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG) a acreditar que esta semana será de recuperação, e que as vendas devem ser as melhores dos últimos anos.

“Nós sabemos que a situação ainda é delicada, que os empregos estão sendo reconquistados e que o poder de compra ainda está aquém do esperado, mas, ainda assim, tudo leva a crer que está semana será de recuperação e as vendas referentes a Páscoa devem ser as melhores em relação aos dois últimos anos”, disse o superintendente da Acig, Fábio Dias.

Segundo ele, muitos consumidores já fizeram suas compras, e os ovos de chocolate, são os que mais atraem as crianças.

“É Páscoa, as pessoas estão felizes com a amenizada nos casos de covid. A possibilidade de poder se reunir sem culpas, de celebrar, de estar com os familiares, leva as pessoas a comprar os produtos para poder presentear, quer seja os filhos, os amigos, os namorados”, falou Dias.

O superintendente reconhece o aumento nos preços, mas deve prevalecer o desejo de presentear.

“O que estamos observando é que o valor gasto é menor. Os consumidores se mostram mais cautelosos também. Pesquisam um pouco mais, compram produtos e ovos mais em conta. Muitos estão optando pelas caixas de bombos”, comentou o dirigente, lembrando ainda a venda de peixes.

“É tradição na quaresma. Muitas pessoas, seguindo os preceitos religiosos, não comem carne e voltam-se para uma dieta embasada em peixes. Na Sexta-Feira, o bacalhau é tradição. Vai ser um pouco mais salgado esse ano, com o preço da batata e dos demais ingredientes, mas ainda assim, as vendas terão um incremento. Temos observado isso. Em muitos estabelecimentos em Garça, no último final de semana, já estava ‘mais difícil’ comprar o bacalhau”, comentou ele.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a data mais doce do ano deve movimentar R$ 2,16 bilhões no varejo brasileiro. A estimativa da acompanha o levantamento do Sebrae, que apontou um crescimento de 57% na abertura de negócios voltados para a fabricação de produtos derivados de cacau e chocolate.
De acordo com a CNC, o volume de vendas em todo Brasil deve ficar 1,9% maior que no ano passado, já descontada a inflação. Mesmo com a alta, o resultado permanecerá 5,7% menor que em 2019 (R$ 2,29 bilhões), período anterior à pandemia de Covid-19.
Para essa Páscoa, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior levantados pela CNC, a quantidade importada de chocolates foi de 1,43 mil toneladas, volume 8% maior que no ano passado, mas menor que o comprado em 2019 (1,87 mil toneladas). Por outro lado, o bacalhau, um dos pratos típicos da data, apresentou um recuo de 17% em relação às quantidades importadas para a Páscoa de 2021. A alta do dólar é um dos motivos que tem influenciado essa compra.