Pela 5ª vez cai o valor de dívidas no comércio de Marília

Levantamento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), mostra pela 5ª vez no ano, queda no valor acumulado de dívida no comércio local, nos últimos cinco anos. No mês de setembro houve queda de 0,66% referente ao mês anterior, atingindo um valor de: R$ 14.119.881,14 que deixa de circular entre as lojas marilienses. “A tendência de agora até o final do ano é esse valor cair”, acredita o coordenador do SCPC da Acim, Carlos Francisco Bitencourt Jorge, ao analisar o levantamento dos últimos nove meses de 2014. “Isso quer dizer que as pessoas estão buscando recuperar o crédito”, acredita o dirigente da Acim.

De acordo com os dados apresentados, o mês de Agosto atingiu o valor de R$ 14.213.681,70, sendo 0,47% a mais que o mês de Julho, que já tinha sido 0,30% a mais do que o mês de Junho. Dos nove meses de 2014 somente nos meses de: Fevereiro (-0,94%), Março (-0,35%), Abril (-1,36%) e Junho (-0,19%), até então, houve queda no valor acumulado. “Passamos a fazer esse comparativo a partir de janeiro deste ano”, justificou Carlos Francisco Bitencourt Jorge que considera o monitoramento importante para analisar a inadimplência no comércio de Marília de forma generalizada. “O ônus é do comerciante, pois, o consumidor pode ser de qualquer lugar do País”, disse ao lembrar da nacionalização dos dados. “Uma vez cadastrado ao SCPC, a restrição passa a ser em todo o sistema que atinge o Brasil todo”, comentou o coordenador do SCPC da Acim.

A faixa de idade dos inadimplentes registrados em maior número não mudou. Continua sendo entre 30 e 41 anos, somando 9.562 pessoas dos 27.996 CPFs registrados como devedores, só em setembro, que totalizam 52.828 dívidas. “Certamente um CPF cadastrado detém mais de uma dívida registrada”, explicou Carlos Francisco Bitencourt Jorge que considera elevado o balanço apresentado. “São 10.565 dívidas na média por ano, com 5.599 pessoas devendo na média por ano no comércio de Marília”, disse em tom de preocupação, afinal, com a inadimplência o comerciante deixa de investir seja no imóvel da loja, na contratação de pessoal ou aumento do estoque. “A inadimplência deve ser a preocupação maior do comerciante”, avisou.

Para o presidente da Acim, Libânio Victor Nunes de Oliveira, o lojista deve tomar muito cuidado ao fornecer o crediário para o consumidor. Uma ficha cadastral com riqueza de detalhes, bem como referências bancárias e comerciais de elevado nível, são algumas das alternativas que devem ser criadas para que o risco da inadimplência seja cada vez menor. “Nosso banco de dados é o mais completo do mercado, e de maior alcance”, disse. “Por isso, o comerciante antes de fechar um negócio deve obter informações cadastrais, principalmente do consumidor”, comentou o presidente da Acim ao sugerir para o comerciante tomar muito cuidado antes de fechar um negócio pelo crediário. “Infelizmente a população encontra-se bem endividada”, opinou. 

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