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Pesquisa da Associação Comercial de SP registra em abril queda recorde na confiança do consumidor brasileiro

Notícias 07 de maio de 2015

Índice Nacional de Confiança da ACSP/Ipsos chega a 104 pontos, o pior resultado desde que a pesquisa começou (2005); também sem precedentes, confiança no Sudeste e na classe AB atingiu os menores níveis, entrando no campo pessimista (abaixo de 100 pontos)

São Paulo, 7 de maio de 2015. O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu, em abril, o menor nível desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2005, e marcou 104 pontos. No mês anterior, a confiança do brasileiro foi de 117 pontos.

Já em abril do ano passado e de 2013 o índice registrou 138 e 156 pontos, respectivamente. Desde novembro de 2014 o INC está num movimento de queda livre, com perda de quase 50 pontos até agora. 

“Esse pessimismo recorde do consumidor, sem precedentes em nossa pesquisa, deve-se, principalmente, ao aumento de tarifas públicas, à alta da inflação de alimentos, ao noticiário econômico negativo”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O Índice Nacional de Confiança, encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi realizado entre os dias 12 e 26 de abril em todas as regiões brasileiras, por meio de 1.200 entrevistas domiciliares. A margem de erro é de cerca de três pontos percentuais. 

Até hoje, a confiança mais baixa havia sido registrada em 2005 - na época do Mensalão - com INC de 111 pontos. Em 2009, a crise financeira global fez a confiança marcar foi a 119 pontos.

No INC, o intervalo de 0 a 100 pontos é o chamado campo pessimista e, de 100 a 200 pontos, campo otimista.  

Sudeste e classe AB: pessimismo recorde e campo negativo

Também de forma inédita, o INC mostra que a confiança de quem mora no Sudeste chegou a 95 pontos em abril, ou seja, o pior da série histórica e está no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). Em março, o INC marcou 107 pontos na região. A região – a mais industrializada – é a que mais sofre com a piora nos indicadores da indústria.

No Nordeste, a inflação dos alimentos fez a confiança cair, marcando 114 pontos em abril contra 126 no mês anterior. Porém, a queda é menor em comparação com as outras regiões – o que pode ser explicado pela continuidade dos programas sociais.

A queda nos preços das commodities, a região Norte/Centro-Oeste registrou INC de 114 pontos, ou seja, 20 a menos do que em março.

Por fim, no Sul a confiança em abril foi de 100 pontos, uma redução de 13 pontos sobre março, que pode ser explicada por recentes fenômenos climáticos extremos - como secas, chuvas fortes e tornado.

Nas regiões metropolitanas o INC entrou no campo pessimista, atingindo 99 pontos em abril contra 107 no mês anterior. As razões podem ser os aumentos de tarifas e de preços de alimentos e o fato de a população nesses locais estarem melhor informadas do noticiário econômico e político.

Nas capitais, o INC foi de 103 pontos em abril contra 115 no mês anterior. No interior, a confiança foi de 104 pontos ante 120.  

Na classe a AB - a melhor informada - o INC atingiu o menor patamar desde a criação da pesquisa (2005), com 86 pontos, ou seja, chegou ao campo pessimista. Em março a confiança nesse grupo foi de 97 pontos. A queda se deve, provavelmente, à crise na ética pública – como no caso Petrobras -, às notícias econômicas negativas e à atual crise econômica mundial. 

a um fator interno, que é a quebra da ética e da moral em casos como o da Petrobras. E magnificam a queda da confiança a atual crise econômica mundial e os ajustes fiscais e monetários feitos pelo governo brasileiro para conter a inflação

Na classe C o índice foi de 109 pontos contra 123 em março. E, na classe DE, marcou 107 pontos ante 121.   

Outros dados

Em abril, 38% dos entrevistados ouvidos pelo Instituto Ipsos consideraram ruim sua situação financeira atual e 35% a consideraram boa. Já 41% esperam que sua situação financeira futura vai melhorar e 22% acham que vai piorar.    

Emprego

Em abril, 36% dos brasileiros ouvidos se sentiam inseguros no emprego e 28% se sentiam seguros. Isso pode ser resultado de uma sensação provocada pelo noticiário, já que essas porcentagens não acompanham os números de pessoas conhecidas, dos entrevistados, que perderam o emprego; em abril, a média de pessoas conhecidas que perderam o emprego era de 3,2 pessoas e, em março, 3,1 pessoas – níveis considerados relativamente baixos na série histórica.

Compras

O INC informa que, em abril, 42% dos brasileiros estavam menos à vontade para adquirir eletrodomésticos e 27% estavam mais à vontade.

O INC

A pesquisa é baseada em amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE.

O Índice Nacional de Confiança é uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. A medida, além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, visa prever o comportamento do consumidor no mercado.

O INC mede a situação econômica atual da região e perspectivas futuras, a situação financeira pessoal atual e perspectivas futuras, a segurança nas grandes compras (ex. carro), a segurança nas compras médias (ex. fogão), a capacidade em investir no futuro e segurança no emprego. 

Veja todos os resultados quanto a situação financeira, compras e emprego, nas comparações com o mês anterior e anos anteriores:

 

Confira a íntegra do INC de abril:
http://mkt.acspservicos.com.br/inc/ACSP_INC_OndaAbril.pdf

 

Mais informações:
Ana Cecília Panizza
Assessoria de Imprensa
apanizza@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / (11) 97497-0287

 

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