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Placar mostra quanto o País sofre com a sonegação

Notícias 26 de junho de 2013

Placar mostra quanto o País sofre com a sonegação



Adriano Martins, diretor da Acim, comenta a criação do “Sonegômetro”

O tesoureiro da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Adriano Martins, considerou válida a criação do placar “Sonegômetro”, um placar móvel que mostra, em tempo real, o quanto o País deixa de arrecadar todos os dias por causa da sonegação de tributos. Chamado de Sonegômetro, o placar funciona nos mesmo moldes do Impostômetro, criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mostra o quanto o brasileiro gasta com impostos. “A cada dia que passa as informações estão chegando diretamente, forçando a sociedade a tomar uma providência”, comentou o dirigente da associação comercial que apóia a iniciativa.

 

A ferramenta mede a sonegação fiscal e foi desenvolvida pelo Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), sendo possível, também, ser acompanhada pela internet, no endereço www.sonegometro.com. “Penso que seja interessante acompanhar ambos os dados: quanto se paga de imposto e quanto se deixa de pagar”, falou o dirigente que tem a mesma opinião do presidente da entidade, Libânio Victor Nunes de Oliveira. “O empresariado tem meios de acompanhar estas questões e ter ciência do que é feito”, disse o presidente da Acim que está estudando a viabilização de disponibilizar esses dados na sede da Acim de forma visível para todos que passarem por ela. “Ainda não concluímos a forma, mas queremos mostrar isso para todos da cidade”, comentou Libânio Victor Nunes de Oliveira.

 

Para se ter uma ideia de como o Sonegômetro é interessante, durante dois dias em que ficou circulando na cidade de São Paulo, o Sonegômetro mostrou que só o Estado paulista deixa de arrecadar R$ 132,8 bilhões por ano. O valor equivale a 24,5% do total arrecadado, considerando os impostos das três esferas - federal, estadual e municipal - ou a 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. “São números, que naturalmente aumentarão, pois são muitos os que sonegam de forma corriqueira”, disse Adriano Martins que não apóia esta prática mercantil. “Nós da Acim queremos que todos paguem os impostos corretamente”, defendeu. “No entanto é preciso que haja uma reforma tributária, pois, são muitas as injustiças tributárias que sufocam o empresariado”, opinou.

 

DESONERAÇÃO - Apenas nos dois primeiros meses do ano, o governo deixou de arrecadar R$ 1,6 bilhão com o programa de desoneração da folha salarial, mostra levantamento da Receita Federal obtido pelo Estado. A cifra equivale a 43% de toda a renúncia fiscal registrada nesse programa no ano passado, que atingiu R$ 3,7 bilhões. É oito vezes mais do que o que se deixou de arrecadar no primeiro bimestre de 2012, que foi R$ 198 milhões. Pelo sistema de desoneração da folha, a empresa deixa de pagar a contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e recolhe, em troca, uma contribuição sobre o faturamento que pode ser de 1,5% a 2,5%. Na visão do governo, a desoneração da folha é benéfica para as empresas porque melhora a gestão do fluxo de caixa. Isso porque permite que elas só recolham tributos ao INSS à medida que faturem. Dessa forma, essa é tida como uma política de preservação de empregos e redução de custos de produção. 

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