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Presidente da ACMC alerta para impostos pagos pela população

Notícias 30 de junho de 2015

Impostômetro marca R$ 1 trilhão e mostra que até o fim de 2015, cada brasileiro terá pago R$ 10,3 mil em tributos

A presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Tânia Fukusen Varjão, fez um alerta sobre o volume de impostos pagos pela população. Neste ano, cada brasileiro já pagou R$ 4.980,50 em tributos. Até o final de 2015, cada cidadão terá pago aproximadamente R$ 10.298,50, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que na última segunda-feira (29) atingiu a marca de R$ 1 trilhão em tributos arrecadados em todo o País nas três esferas de governo. No ano passado, este valor foi registrado somente no dia 10 de julho, mostrando - mais uma vez - como é alta a tributação.

“É absurdo que a arrecadação tributária esteja acelerada mesmo diante das dificuldades que todos estão enfrentando neste ano, com consumo e vendas estagnadas. E pior, sem verificar o retorno desses impostos pagos em investimentos”, ressalta a presidente Tânia, ao alertar que todos os brasileiros são penalizados pela alta tributação. “Temos uma das maiores taxas tributárias do mundo e é importante as pessoas terem a consciência disso”.

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela que o Impostômetro tem registrado recordes sucessivos de arrecadação tributária na última década. E revela que a média de arrecadação diária totaliza R$ 5,55 bilhões, sendo que por segundo é arrecadado o valor de R$ 64.300,41.

Só Mogi das Cruzes já arrecadou, neste ano, a marca de R$ 340,5 milhões, o que significa R$ 1,8 milhão em impostos por dia. Na comparação por habitante, cada mogiano já pagou em impostos R$ 1,200 mil.

“Além dos impostos oficiais, como IPTU e IR, se paga imposto sobre tudo e, principalmente, sobre o que se consome e que normalmente a maioria das pessoas nem sabe que tem tributação. E a conta é ingrata porque a população de menor renda paga, proporcionalmente, mais imposto do que as outras porque essas destinam quase toda sua renda aos itens de consumo”, avalia Tânia Fukusen.

Final do ano: R$ 2,07 trilhões

O estudo do IBPT indica que o Brasil fechará o ano de 2015 com arrecadação próxima dos R$ 2,07 trilhões, um crescimento nominal de aproximadamente 5,8% sobre 2014. Já a queda real é de 2,5% (tirando-se o efeito da inflação medida pelo IPCA). Por isto que, apesar do recuo da atividade econômica brasileira, há o crescimento nominal da arrecadação.

“O mais preocupante é o aumento nominal da arrecadação, com a economia em plena recessão. Isso significa que a drenagem de recursos do setor privado pelo setor público se elevou”, afirma Alencar Burti. Segundo ele, esse aumento se deve, principalmente, a três fatores: inflação, já que a maior parte dos impostos são sobre o consumo; itens com tributação elevada, como a tarifa de energia elétrica; aumento de impostos como IOF, imposto sobre importação, IPI e a volta da Cide, apesar da forte desaceleração de produção e vendas.

Tributos: participação

De todo o valor destinado aos cofres públicos até o dia 29 de junho, o ICMS é o tributo que tem a maior participação, equivalendo a 18,41% da arrecadação total, seguido da contribuição previdenciária para o INSS (16,09%), Imposto de Renda (15,57%) e Cofins (9,36%).

Nem nas festas juninas o consumidor escapa, já que é alta a carga tributária embutida no preço dos quitutes da época. Conforme levantamento do IBPT, os itens mais tributados são as bebidas, como o quentão, que tem 61,56% de tributos, o vinho quente (54,73%) e o refrigerante, nas versões lata (46,47%) e garrafa (44,55%).

Também chamam a atenção cargas de produtos típicos como cocada, paçoca, pé de moleque ou amendoim, todos com 36,54% de carga tributária. No caso da pipoca, são 34,99% e, no pinhão, 24,07%.
No caso das roupas típicas, os encargos chegam a 34,67% na camisa xadrez e no vestido, 33,95% no chapéu de palha e 36,17% na bota de caubói.

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