Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), analisa os resultados do varejo nacional divulgados hoje pelo IBGE.
“Numa visão geral, os dados de maio são bons, mas o cenário é nebuloso. Precisamos aguardar os números dos próximos meses para sabermos se realmente a economia se descolou da política. Diante do cenário atual, em que se assiste ao desenrolar das reformas e ao agravamento da crise político-institucional, não é possível projetar com segurança um futuro econômico”, afirma Burti.
Para ele, em comparação com maio de 2016, o crescimento de 4,5% do varejo ampliado em maio deste ano “aponta que as quedas da Selic e a liberação do FGTS podem ter estimulado vendas parceladas de produtos de maior valor, mais dependentes de crédito, como veículos, móveis, eletrodomésticos e material de construção”. O presidente da ACSP lembra que o varejo também foi beneficiado pelo dia útil a mais em maio de 2017.
Já a variação negativa de 0,7% na passagem de abril para maio de 2017 “pode ser indício de que a confiança do consumidor está sendo afetada pelas incertezas que a turbulência política gera”, comenta Burti. O destaque positivo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%) reforça que “são itens de primeira necessidade para o consumidor e, portanto, não têm suas vendas afetadas diretamente pela instabilidade política”.
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Patrícia Gomes Baptista
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