Para apoiar empresas e pessoas físicas diante do cenário de queda no índice de produtividade e diminuição da atividade econômica causados pelas ações de contenção à propagação do vírus COVID-19, instituições financeiras, entre elas, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciaram medidas como a redução de juros nas linhas de capital de giro e pausa estendida de até duas prestações em contratos habitacionais.
Para as micro e pequenas empresas, a Caixa oferece redução de juros de até 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,57% a.m. Já uma das medidas que devem ajudar a população é o vencimento pausado, pelos próximos 60 dias, para contratos habitacionais de pessoa física e jurídica. “Faça isso já, vai te ajudar demais a se preparar para os próximos meses de incertezas, de um período que a gente não sabe quando vai acabar”, aconselha o diretor da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí, o educador financeiro Pedro Braggio. “Se conseguir deixar congelado o financiamento será importante para conseguir uma ‘folga financeira’.”
Pedro observa que muitas empresas vão sentir os impactos da crise porque não possuem o capital de giro necessário, o popular “colchão financeiro” que socorre o empresário em momentos como este. Por isso, agora é preciso calma e cautela. Ele diz que as pessoas devem olhar para as receitas sem desespero para que não tomem decisões precipitadas. “Refaça as contas e veja o que é possível segurar o pagamento. Reavalie as despesas e evite fazer financiamentos sem necessidade”, diz.
A pausa nos contratos de financiamentos habitacionais é rápida e pode ser feita pelo próprio aparelho celular, com o aplicativo Habitação Caixa.
As outras medidas anunciadas são:
Ações para Empresas:
Ações para Pessoas Físicas:
BNDES
O presidente do banco BNDES, Gustavo Montezano, anunciou no fim de semana quatro medidas que devem injetar R$ 55 bilhões na economia brasileira. As medidas, que vão ampliar a oferta de crédito para pequenos e médios empresários, foram aprovadas em caráter emergencial e têm duração de seis meses.
São elas: R$ 20 bilhões virão da transferência de recursos do Fundo PIS-PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a ser gerido pelo Ministério da Economia; R$ 19 bilhões da suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos diretos para empresas, tanto o principal quanto os juros, chamada de standstill; R$ 11 bilhões em standstill de financiamentos indiretos para empresas; e R$ 5 bilhões com a ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas por meio dos bancos parceiros.