Recuperação de crédito cresce em Amparo

Após uma alta observada em julho, a inadimplência do consumidor sofreu uma queda de 4,2% em agosto ante julho, com recuo de 10% na comparação ao mesmo mês de 2015. Já na comparação em 12 meses até agosto, foi registrado um aumento de 2,2%. Os dados são de indicadores da Boa Vista SCPC apurados pela ACEA. Segundo a entidade, na comparação anual, a região com a maior elevação do endividamento foi a região Norte, com 3,9%, seguida das regiões Nordeste (3,7%), Centro-Oeste (3,5%) e Sudeste (2,0%). A região Sul, por sua vez, foi a única a registrar queda no período, com 0,3% de diminuição. Na visão da Boa Vista SCPC, apesar da queda no mês, a tendência é que a inadimplência fique próxima à estabilidade neste e no próximo ano, a exemplo do que o dado mostra no período acumulado do ano, que registrou alta de 1% até agosto. Esta visão está amparada ao fato de que o efeito da inflação, do desemprego e da redução da renda sobre a inadimplência acaba sendo compensado pela atividade mais fraca e pelo menor endividamento das famílias. Em Amparo, o medidor de inadimplência da ACEA registrou um aumento de 3,93% ante julho, repetindo a tendência de alta vista em julho, em comparação a junho, quando o aumento registrado foi de 2,2%. "Em um primeiro momento da crise, as pessoas ficam mais endividadas, porque mantêm o ritmo de consumo e a renda não acompanha. Com o tempo, elas tendem a ser mais cautelosas em suas decisões de consumo", explica a entidade. "Isso justifica a tendência de queda com o avanço da crise", conclui. Já o indicador de recuperação de crédito elaborado pela entidade teve alta de 5,3% em agosto em relação a julho, descontando os efeitos sazonais. Na comparação ao mesmo mês de 2015, a elevação foi de 5,4%, enquanto no acumulado em 12 meses, o índice apresentado mostrou elevação de 0,7%. Na cidade de Amparo, este indicados apresentou elevação de 0,8% na comparação a julho. Em termos regionais, o Nordeste registrou a maior alta (10,5%), acompanhado pelo Norte (8,2%), Centro-Oeste (7,8%), Sudeste (3,8%) e Sul (1,7%).