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Setor da construção civil deve crescer mais que a economia nacional, aponta CBIC

Notícias 07 de outubro de 2022

Apesar dos efeitos negativos registrados em quase todos os segmentos de atividades no Brasil e no mundo, durante e pós-pandemia da Covid-19, a construção civil no país continua sendo uma exceção, com o setor registrando o crescimento do seu PIB pelo sétimo trimestre consecutivo.

 

Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados no final do último mês de julho, analisaram os números do primeiro trimestre de 2022 e definiram uma alta de 0,8%, mantendo a sequência de elevações registradas nos seis trimestres anteriores.

 

Para corroborar com essa constatação, informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que, pela segunda vez consecutiva, em 2022 foi ampliada a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto da Construção Civil, tendo como base o estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção – Segundo Trimestre  de 2022”, publicado no final do último mês de julho.  

 

Ainda de acordo com a CBIC, pelo segundo ano consecutivo a construção civil crescerá acima da economia nacional. A explicação para esse comportamento é o ciclo de negócios em andamento, iniciado nos últimos dois anos, que tem garantido o ritmo de crescimento no setor. Esse ritmo de atividades é aguardado também para este segundo semestre de 2022, com maior impacto gerado a partir de atividades das famílias brasileiras, por meio de pequenas obras e reformas.

 

Para o presidente da Associação Comercial de Sorocaba, Hygor Duarte, o setor da construção civil é uma grande propulsora do desenvolvimento de todos os demais negócios. “Quando a construção civil vai bem, todo o cenário econômico também vai bem. Há algumas ações importantíssimas ocorrendo que podem acelerar e fortalecer ainda mais esse segmento tão relevante”, comenta.

 

“Por exemplo, há uma ação acontecendo na Prefeitura para a  desburocratização dos processos de aprovação e viabilização de obras e projetos, dando mais celeridade a esse tema”, continua o presidente da ACSO.

Hygor salienta que quando o processo na Prefeitura é acelerado, a documentação exigida pelas instituições financeiras chega mais rápido, como consequência, o crédito é liberado com mais velocidade e, por sua vez, as lojas de materiais de construção vão conseguir vender mais rápido também.

“Temos muitos associados ligados a esse segmento e proximidade muito grande com players que desenvolvem esse setor, um deles é o Guia do Construtor, que faz um grande movimento na construção civil, agitando esse mercado na nossa cidade e região. A ACSO está desenvolvendo estratégias em conjunto para esse setor ser mais valorizado e fortalecido com ações”, conclui Hygor Duarte

Também colaboram para esses números positivos as novas medidas para o Programa Casa Verde e Amarela, que deverão refletir em ponto positivo nas atividades do setor, o que deverá começar a ser observado nos últimos meses deste ano.

 

A tendência de constante ascensão da construção civil no Brasil ocorre mesmo com o contraponto observado por empresas e profissionais envolvidos no setor, que apontam como principais problemas a falta ou o alto custo dos insumos e as taxas de juros elevadas.

 

Ainda de acordo com a CBIC, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os três insumos que mais sofreram aumentos entre julho de 2020 e junho de 2022 foram os vergalhões e arames de aço (99,6%), tubos e conexões de ferro e aço (89,4%) e tubos e conexões de PVC (80,6%).

 

Novos postos de trabalho

 Acompanhando os números positivos do setor, o mercado de trabalho na construção civil apresenta neste momento índices mais elevados do que os registrados na pré-pandemia.

 

Desta forma, nesta etapa pós-pandemia o setor no Brasil já gerou mais 430 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, entre março de 2020 e junho de 2022, assim distribuídos: obras de edificações sendo responsáveis por 175.640 novas vagas; obras de infraestrutura 93.961 e serviços especializados para construção gerando 166.368 novos postos  de trabalho abertos.

 

“O bom desempenho da construção civil exerce efeito positivo em toda a economia nacional, em função da sua extensa cadeia produtiva. Isso significa que mais atividade na construção é mais renda, mais emprego e mais geração de tributos em toda a economia nacional. Num momento em que o país busca consolidar o seu processo de crescimento, a construção civil segue se destacando e contribuindo de forma estratégica”, destaca a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.

 

Sobre a Associação

A ACSO, entidade de classe sem fins lucrativos, foi fundada em 20 de janeiro de 1922 e tem o objetivo de defender os interesses do setor do comércio e serviços de Sorocaba e Votorantim, além de representar seus associados em prol do desenvolvimento das cidades. O quadro associativo da entidade reúne empresários de todos os setores da economia.

 

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