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Vendas à vista crescem em Dezembro, aponta pesquisa

Notícias 08 de janeiro de 2020

O superintendente da Associação Comercial e Industrial de Marília, José Augusto Gomes, recebeu com cautela os dados do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que demonstram o comportamento de compras do último mês de Dezembro de forma desigual, quando houve estabilidade na procura por bens duráveis, em que as vendas de itens de menor valor apresentaram alta de 9,1%. “As vendas do varejo paulistano cresceram 4,6% em dezembro na comparação com o mesmo período de 2018, o que demonstra uma tendência em todo o País, por ser o maior centro varejista do Brasil”, disse o dirigente mariliense ao verificar os números da pesquisa divulgada esta semana. “O desempenho do último mês foi alavancado pelas vendas à vista e de menor valor, como roupas, cosméticos, calçados e brinquedos, que registraram alta de 9,1%”, falou. “Nas vendas a prazo, que representam o ramo de bens duráveis, como eletrodomésticos, a variação foi de apenas 0,1% no período”, comparou.

De acordo com o dirigente da associação comercial de Marília alguns fatores circunstanciais, como a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a criação de mais vagas informais e a liberação do 13º salário, sustentaram o crescimento das vendas à vista, o que é reforçado pelo economista da associação comercial paulistana, Emílio Alfieri. “A estabilidade (0,1%) nas vendas de eletroeletrônicos, se deve à consolidação da “Black Friday”, que absorveu grande parte dessas vendas que anteriormente aconteciam mais próximas ao Natal”, destacou o economista da ACSP. “São dados preliminares, que não levam em consideração o desempenho dos shoppings e comércio eletrônico, por exemplo, mas que refletem um comportamento sazonal de consumo”, diz Emílio Alfieri. “O que fica claro é a disparidade entre os itens de maior e menor valor, muito impactados pela "Black Friday" em novembro”, destacou.

No balanço anual as vendas cresceram em média 2,7%. Na comparação com o mês anterior, a alta média foi ainda maior, de 27,1% - sendo um crescimento de 57,1%, nas vendas à vista e uma queda de 3% no movimento a prazo. “Esse é outro comportamento que é preciso ser observado, ou seja, o consumidor está comprando mais com pagamento à vista”, ressaltou José Augusto Gomes que aguarda novos índices para avaliar a performance do varejo em geral quanto as vendas do Natal. “Já dá pra sentir que houve crescimento”, disse animado ao lembrar que o ambiente de 2019 é mais favorável que o ambiente de 2018. “Naquele ano o País vivia uma situação mais pessimista, enquanto que no Natal passado o consumidor estava mais animado e confiante”, falou ao acreditar numa elevação no volume das vendas no geral.

O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP com base em amostra da Boa Vista SCPC. De acordo com José Augusto Gomes a capital paulista por concentrar o maior número de lojas diversificadas e a maior concentração de consumidores serve como parâmetro de análise das tendências econômicas no varejo em geral. “Sem dúvida o reflexo é sentido nas demais cidades, afinal, o perfil do consumidor é muito semelhante”, disse o superintendente da associação comercial de Marília que percebe comportamento semelhante do consumidor paulistano com o interiorano. “Não tenho dúvidas em afirmar que as vendas à vista em Marília também são maiores que as vendas a prazo”, disse com segurança.

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