Vendas com cheque têm bom desempenho na primeira quinzena de dezembro

“A expectativa para 2013 é que haja um maior crescimento das vendas no varejo considerando três fatores: o expressivo crescimeto do emprego e da massa salarial, a continuidade da baixa dos juros (selic) ao menor patamar da história e a queda da inadimplência resultante das fortes campanhas de renegociação de dívidas que aconteceram nos últimos meses de  2012”, diz ROGÉRIO AMATO, presidente Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), que reúne 420 entidades (ACs), e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O Indicador de Movimento do Comércio (IMC) – vendas a prazo – apresentou estabilidade em relação ao mesmo período do ano passado, registrando 0,1% de alta,com o mesmo número de dias úteis. Espera-se uma reação de compras até o Natal  com o uso da 2º parcela do 13º salário considerando que as intenções de compra subiram de 18,0% em 2011 para 22,7% de acordo com a pesquisa ACSP/Ipsos.

Na mesma base de comparação entre períodos, o  Indicador de Consultas de Cheque (ICH) – vendas à vista – registrou bom crescimento, de 5,7%, segundo a Associação
Comercial de São Paulo (ACSP), baseada numa amostra de dados de clientes da Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
Esse resultado ocorre devido a venda de vestuário, variedades e produtos e beleza.

Inadimplência:
O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) – registros recebidos/carnês em atraso – apresentou alta de 10,5% na primeira quinzena de dezembro, em comparação com o
 mesmo período de 2011.
O Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) – registros cancelados/renegociações de crédito  – saltou para 27,0% (na mesma comparação entre períodos). O grande
crescimento foi resultado do uso da primeira parcela do 13º salário e das fortes campanhas de renegociação de dívidas promovidas pelo varejo.
Variação Mensal:
O IMC (bens de maior valor) apresentou alta sazonal de 34,4% na primeira quinzena de dezembro, sobre a primeira quinzena de novembro com dois dias úteis a mais na
comparação. O ICH (bens de menor valor) apresentou alta também sazonal de 50,9%,  na mesma base de comparação, favorecido pelos mesmos itens citados
(variedades, produtos de beleza e vestuário). (Tabela 1)
O IRI (registros recebidos) apresentou pequena alta de 4,2%, enquanto o IRC (registros cancelados) saltou para 53,3%, na mesma base de comparação entre períodos.
 

TABELA 1

Variação Anual:
As estimativas dos indicadores de crédito para o ano de 2012 apontam para um crescimento de cerca de 3,0% no IMC e de 2,3% no ICH (tabela 2). Esse comportamento das
vendas na capital de São Paulo é reflexo de um pólo maduro e também influenciado pela performance da produção industrial. Portanto, esses indicadores normalmente estão
abaixo das médias nacionais.
Destaca-se também uma desaceleração em relação aos indicadores de 2011 e 2010. Porém os indicadores de 2012 são bem melhores que os registrados em 2009, impactados
pelo início da crise internacional de crédito.
Os dados anuais são consistentes com o comportamento do PIB.

Inadimplência Anual:
 O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) – registros recebidos/carnês em atraso – apresentou alta de 7,4% no acumulado de 2012.
O Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) – registros cancelados/renegociações de crédito  –  deve apresentar alta maior, de 12,6% em 2012 na mesma base, sinalizando a
queda da inadimplência que esse ano foi controlada pelas fortes campanhas de renegociação de débito e pelo crescimento do emprego, da massa salarial(dados divulgados
pelo IBGE) e da queda dos juros.

TABELA 2