Vendas em julho apontam elevação de 3,1%

Rinaldo José Traskini, presidente da ACE de Pompeia, comenta reação do comércio varejista em julho

O presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, Rinaldo José Traskini, considerou animadora a recente divulgação do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), considerado principal termômetro do comportamento do comércio varejista no País. Com alta de 3,1% em julho, varejo de SP tem melhor desempenho do ano. “Esse crescimento médio é com relação ao mesmo período do ano passado”, disse o dirigente que percebe em alguns segmentos do comércio local um movimento considerável, que justifique a elevação. “No comércio varejista são muitos os segmentos e principalmente influenciáveis com o clima, por exemplo”, justificou o dirigente pompeense.

De acordo com o documento anunciado as médias mensais deste ano foram: janeiro (-5%), fevereiro (-6,6%), março (-0,3%), abril (-7,5%), maio (0,9%) e junho (1,2%), seguindo a mesma base de comparação. “Em julho, o comércio paulistano foi impulsionado pela procura por roupas e itens de inverno e pelo período de férias escolares, que movimentou os ramos de alimentação, entretenimento e lazer”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). Segundo ele, a base fraca do ano passado e os saques do FGTS contribuíram para o resultado.

O documento apresentou ainda, quanto as vendas a vista e a prazo, que subiram 1,5% sobre julho de 2016 “em função das liquidações, que começaram já na segunda quinzena do mês”, explica o presidente da ACSP e da Facesp. Na modalidade a prazo, foi registrada alta de 4,6% na mesma base de comparação, refletindo o aumento das vendas de bens duráveis, eletroportáteis e TVs (devido ao fim do sistema analógico). “Tudo isso influência, e neste caso foi pra melhor”, comentou Rinaldo José Traskini que acredita em boas vendas no comércio varejista no final do ano, principalmente quanto ao Natal, melhor momento para as vendas em geral.

De janeiro a julho, as vendas do varejo de SP acumularam queda média de 1,9% frente a igual período de 2016. Já no balanço de junho, a retração média do período acumulado (janeiro a junho) foi de 2,7%. Para Burti, isso sugere que “as retrações devem continuar a perder força e seguir na direção da estabilidade até o fim do ano”. Ele alerta que, por outro lado, é preciso ter cautela porque não se poderá mais contar com o efeito positivo do FGTS e a alta dos combustíveis deve gerar um efeito negativo sobre o comércio. “Mas o segundo semestre do ano sempre é melhor do que o primeiro, historicamente”, disse o experiente empresário pompeense.

Na comparação com junho, as vendas a prazo e à vista apresentaram quedas sazonais de 2,6% e 2,5% em julho, respectivamente, porque junho contou com um dia útil a mais, com o Dia dos Namorados e com as festas juninas. “Não tenho dúvidas de que não havendo nenhuma surpresa desagradável na política, tão pouco questões sociais, estamos iniciando um período de recuperação”, opinou. “As reformas políticas, trabalhistas e previdenciárias influenciarão muito neste contexto”, acrescentou Rinaldo José Traskini ao dizer que o Balanço de Vendas analisado é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP com base em amostra da Boa Vista Serviços.

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