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Vendas em SP têm o pior 1º semestre desde 2009, informa Associação Comercial de São Paulo

Notícias 03 de julho de 2015

Nos 6 primeiros meses de 2015, movimento do comércio paulistano caiu 3,9% em comparação com o mesmo período de 2014; 1º semestre de 2009 registrou perda de 6,5%

São Paulo, 1º de julho de 2015. O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulgado nesta quarta-feira (1/7) mostra que o movimento do comércio na capital paulista teve uma queda média de 3,9% no primeiro semestre de 2015 em comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se do pior resultado para um 1º semestre desde 2009, quando as vendas recuaram em média 6,5%, prejudicadas pela crise financeira internacional.

Isoladamente, as vendas a prazo e à vista caíram, respectivamente, 3,4% e 4,4% de janeiro a junho de 2015 ante os seis primeiros meses de 2014.

Segundo o presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Alencar Burti, o varejo sofre com uma conjuntura econômica desfavorável em diversas frentes: altas do desemprego e da taxa de juros, crédito mais restrito e forte pessimismo do consumidor. Contudo, Burti espera uma alteração positiva nesse cenário no médio prazo.

“Se avaliarmos, dentro da perspectiva histórica, outros anos de crise econômica, como 1999, 2009 e 2003, é possível inferir que a recuperação virá. Talvez venha no fim de 2015. Mas, provavelmente, isso vai ocorrer no ano que vem”, analisa o presidente da ACSP.

Ainda de acordo com Burti, mesmo que as vendas de fim de ano deem um ânimo ao varejo paulistano e pavimentem o caminho para a recuperação, não dá para fugir do seguinte fato: vamos terminar 2015 no vermelho.

Como evidência do atual problema no varejo, dos seis primeiros meses de 2015, março foi o único a fechar com um movimento positivo em comparação com 2014. Contudo, o aumento se deveu ao fato de o mês ter tido um dia útil a menos naquele ano e, também, à realização do Carnaval em março de 2014 – tradicionalmente, o feriado esvazia o comércio e enfraquece as vendas.

De 2009 para cá, as vendas apresentaram, em média (a prazo e à vista), os seguintes resultados nos 1os semestres:

2009: -6,5%
2010: +8,2%
2011: +6,7%
2012: +3%
2013: +0,2%
2014: +2,4%
2015: -3,9%

Inadimplência

O Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI), que mede o volume de carnês em atraso, mostrou uma queda de 8,2% no primeiro semestre. Esse número se justifica porque, com a conjuntura econômica mais negativa, há menos gente comprando e, consequentemente, menos gente se endividando nos carnês das lojas, que representam as vendas de maior valor.

A continuação desse efeito pode ser vista no Indicador de Recuperação de Crédito (IRC), que teve retração de 10,9% nos seis primeiros meses. Isso significa que há menos consumidores conseguindo renegociar ou liquidar suas dívidas vencidas.

“Enquanto houver desemprego alto, não adianta tentar renegociar as dívidas. O consumidor vai continuar jogando-as para frente e priorizando outras coisas. Ao mesmo tempo, embora a inadimplência esteja sob controle, é importante que as empresas se concentrem nas renegociações com categorias mais imunes ao desemprego, como aposentados e servidores públicos”, diz Burti.

Aos varejistas, ele recomenda que enfrentem esse período de crise de olho no fluxo de caixa, mantendo sob controle sua situação financeira, e evitem estoques altos.

O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, e é baseado em amostra de dados de clientes da Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Veja tabela com dados do semestre e do mês de junho:

 

Mais informações:
Renato Santana de Jesus
Assessoria de Imprensa
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3225

Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 120 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.

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