Setor de vestuário foi o único que cresceu no Estado; no interior, maiores contrações foram no Litoral (-23,3%), em Bauru (-20%) e em Araçatuba (-18,5%) e somente o Alto Tietê registrou aumento
São Paulo, 25 de junho de 2015. As vendas no comércio paulista caíram 12,2% em abril frente ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No acumulado de 2015 (janeiro a abril), a retração foi de 7,3%. Os números são referentes às vendas físicas do varejo ampliado, que incluem concessionárias de veículos e lojas de material de construção.
Já em relação ao faturamento do comércio no Estado, houve queda de 4% na comparação interanual. No acumulado de 2015, porém, o estudo aponta um desaquecimento inferior do faturamento, de apenas 0,1%.
“Os resultados indicam que o varejo paulista se encontra em situação delicada, em função de um panorama desestimulante: juros altos, inflação elevada, renda em queda, desemprego em alta, crédito dificultado e consumidores e empresas pessimistas”, diz o presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), Alencar Burti. “Tudo leva a crer que 2016 será um ano de recuperação, em que tentaremos compensar as perdas desse atual momento e construir um novo ciclo sustentável de vendas para os anos seguintes”, completa ele.
Capital e regiões
O ACVarejo também analisa o desempenho do varejo na capital e em outras 17 regiões paulistas. Na cidade de São Paulo, as vendas físicas no varejo ampliado registraram declínio de 10% ante abril do ano passado. No acumulado de 2015, já são 7,6% negativos.
Todas as regiões, aliás, amargaram encolhimento no volume de vendas, com exceção da Região Metropolitana do Alto do Tietê, que teve alta de 1%. No acumulado dos quatro primeiros meses, o quadro se repete: nesse caso, o Alto do Tietê cresceu 3,4%, com todas as demais áreas no vermelho. Mesmo assim, o crescimento vem se desacelerando nessa região.
As maiores contrações em abril na comparação interanual ocorreram nas seguintes regiões: Litoral (-23,3%), Bauru (-20%), Araçatuba (-18,5%) e Araraquara (-17,8%).
Segmentos
Na comparação com abril do ano passado, houve queda no volume de vendas em oito dos nove setores analisados pela pesquisa. Os segmentos mais afetados foram: concessionárias de veículos (-21,9%), lojas de material de construção (-13,5%), lojas de móveis e decorações (-13,4%) e lojas de departamento e de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-13%). As fortes contrações se explicam por esses quatro setores representarem artigos de maior valor e, portanto, mais dependentes de financiamento.
Além desses, o ACVarejo também analisou as áreas de autopeças e acessórios (-11,6%), farmácias e perfumarias (-7,4%), supermercados (-9,5%) e outros tipos de comércio varejista (-11,1%). O único setor que registrou aumento de vendas em abril foi o de lojas de vestuários, tecidos e calçados (4,1%).
A pesquisa
O ACVarejo é elaborado mensalmente pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, com base em informações do varejo enviadas pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
|
Veja abaixo Boletins com dados completos da pesquisa (vendas e faturamentos nos varejos ampliado e restrito no Estado, capital e regiões): Os dados de vendas e faturamento de cada SETOR do comércio paulista estão na tabela abaixo. |

Mais informações:
Ana Cecília Panizza
Assessoria de Imprensa
apanizza@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / (11) 97497-0287
Sobre a ACSP: A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 120 anos de história, é considerada a voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e buscam soluções para os problemas de cada região.