O varejo ampliado da região de Osasco sofreu uma queda de 11,1% no volume de vendas em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o faturamento nominal caiu 2,2%, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No varejo restrito – que não inclui automóveis e material de construção – as vendas recuaram 13,6% e o faturamento diminuiu 2%, na mesma base de comparação.
Os dados compreendem os municípios de Barueri, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.
Para efeito de comparação, o varejo ampliado do Estado de São Paulo apresentou queda de 8,1% nas vendas e crescimento de 0,8% no faturamento. No varejo restrito as vendas recuaram 9,5% e o faturamento cresceu 2,1%, na mesma base de comparação.
Na capital paulista, o varejo ampliado registrou retração de 8,7% nas vendas e elevação de 0,2% no faturamento. E o varejo restrito apresentou queda de 9,4% e aumento de 2,2% nos mesmos indicadores.
“O desempenho do comércio paulista segue sinalizando o aprofundamento da queda do volume de vendas pelo menos até o primeiro semestre. A contínua piora das condições financeiras e a maior insegurança no emprego continuam a manter a confiança do consumidor em mínimas históricas, reduzindo sua disposição para comprar”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.
Ele lembra que as quedas são mais acentuadas em São Paulo, pois o estado é mais afetado pela crise do setor industrial. E ressalta que, caso haja um novo governo, é preciso estimular a recuperação da confiança para que o desempenho do comércio possa melhorar.
Segmentos
Frente a fevereiro do ano passado, todos os setores econômicos do varejo ampliado registraram quedas no volume de vendas no Estado de São Paulo, com destaque para lojas de material de construção (-13,5%), concessionárias de veículos (-13,1%), lojas de departamento/eletrodomésticos/eletroeletrônicos (-12,8%) e lojas de móveis e decorações (-12,6%). Estes são segmentos que comercializam artigos de maior valor, cuja compra, em geral, é mais dependente da disponibilidade e condições do crédito.
Já em relação ao faturamento nominal, três segmentos apresentaram alta na variação anual: supermercados (6,2%), farmácias/perfumarias (6%) e autopeças/acessórios (4,7%).
Lojas de materiais de construção tiveram a maior retração no faturamento (5,7%), na mesma base de comparação.
A última vez que algum setor apresentou saldo positivo foi em abril de 2015, quando as vendas avançaram 4,1% nas lojas de vestuários/tecidos/calçados, sobre o mesmo período de 2014. Desde então todos os segmentos amargam recuos.
Regiões
Em termos regionais, a queda das vendas continua a se espalhar por todo o estado, alcançando até mesmo a Região Metropolitana do Alto do Tietê. Em períodos anteriores essa região se diferenciava das demais por conseguir manter resultados positivos em meio à queda generalizada das vendas.
As maiores retrações no varejo ampliado em fevereiro – sobre o mesmo período de 2015 - foram no Litoral (-13,5%), em Araraquara (-11,7%) e na Região Metropolitana Oeste (-11,1%).
Os menores recuos, por sua vez, ocorreram nas seguintes regiões: Vale do Paraíba (-0,8%), Araçatuba (-1,6%) e Metropolitana do Alto do Tietê (-3,2%).
A pesquisa
Os dados estão no Boletim nº 22 do ACVarejo, levantamento mensal do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, elaborado a partir de informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Veja na íntegra:
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Renato Santana de Jesus
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