Na madrugada da última sexta-feira, 3, o prédio da Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG), e pelo menos mais duas lojas do centro comercial foram alvo de um atentado. Um indivíduo não identificado, atirou contra os estabelecimentos, provocando danos, quebrando portas de vidro e trazendo prejuízo, medo e preocupação. Nos três casos, que foram registrados na Delegacia do município, os disparos estilhaçaram portas e janelas de blindex. Imagens do sistema de monitoramento dos estabelecimentos registraram a ação, que ocorreu por volta das 2h20. As imagens capturadas na Acig mostram o atirador parando defronte o prédio e atirando contra as portas. Na loja Aço e Cia localizada na Avenida Labieno da Costa Machado, também vitimada pela ação, foram verificados três tiros contra as vidraças. A polícia tenta identificar o veículo usado pelo indivíduo e assim chegar a sua identificação.
Segundo o superintendente da ACIG, Fábio Dias, ao chegar para trabalhar na sexta-feira pela manhã, o primeiro pensamento foi que a porta de blindex havia estourado sozinha, o que acontece, por conta de temperatura e outras intempéries.
“Esse foi o primeiro pensamento, mas ainda na manhã, pouco depois do início do expediente, recebi uma ligação do Paulo que precisava de umas imagens, uma vez que a loja dele tinha recebido alguns disparos de arma de fogo e teria quebrado os vidros. Foi quando acendeu o alerta e eu fui conferir as câmeras da rua, pois havíamos apenas conferido as câmaras internas. Ao fazer isto pudemos conferir um carro parando defronte a Associação Comercial e direcionando a mão para a associação. O que dá a entender é que a pessoa disparou um tiro ou dois tiros para a porta do corredor central da Associação Comercial e Industrial de Garça”, fala Dias.
De acordo com o proprietário da Aço e Cia (Paulo), a surpresa desagradável foi logo ao chegar pela manhã e ver que o estabelecimento tinha sido alvo de três disparos de arma de fogo.
“Fomos comprovar nas câmeras e mostrou. Os vidros foram estilhaçados. Estamos aguardando a perícia (sexta-feira) para comprovar se é tiro. Pelas imagens puxadas pela Acig tudo leva a crer que seja o mesmo carro que passa pela Acig e passa pela Aço e Cia também. Os horários batem e infelizmente estamos aí com o prejuízo agora”, disse Paulo.
Fábio Dias comentou que antes de chegar à ACIG, um consultório médico e um consultório odontológico tiveram também os vidros quebrados na madrugada de sexta-feira.
“A gente entende que a pessoa, o atirador, fez um caminho e por onde foi passando foi atirando nessas portas. Fomos atingidos por volta das 2h21, quando ele ainda para na porta da Acig dando a impressão ou nos levando a crer que estava municiando a arma, e a Aço e Cia foi atingida por volta das 2h40”, falou o dirigente.
Apesar da gravidade do caso, do prejuízo sofrido, do medo, Fábio Dias acredita que a ação seja resultado de “puro vandalismo e não algo mais drástico. Uma ação de vandalismo. A pessoa de madrugada, de carro. Um carro que não é um carro popular, é um carro de valor, não é um carro que você encontra, fácil, não tem muitos desse na cidade. O caso já está nas mãos dos investigadores e o que a gente espera é a conclusão dos investigadores, do delegado, para saber quem é a pessoa que anda fazendo esse vandalismo no comércio de Garça”, disse Dias.
Falando sobre o prejuízo financeiro, Dias falou sobre os transtornos de acionar seguro, contabilizar os danos, providenciar a troca. Na Acig, mesmo com dois disparos, apenas uma porta foi danificada, já na Aço e Cia foram três portas, de um porte bem maior, o que significa, mais prejuízo.
Paulo lembra que, somado ao preço, o vidro não é algo que se tem em pronta entrega, demorando um certo tempo para chegar. Com isso, vai se amargando a insegurança, os transtornos e a preocupação.
“Vamos ter que contratar um segurança. São muitos os transtornos, mas confiamos no trabalho da Polícia e acreditamos que logo essa pessoa será identificada”, finalizou Paulo.