No último sábado, 18 de junho, foi comemorado o Dia do Orgulho Autista. A data tem o objetivo de trazer conscientização à sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista e ajudar a acabar com os estigmas associados às pessoas autistas, que são cerca de dois milhões em todo o país. A Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG, lembra que o comércio deve estar preparado para atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sem que elas ou seus familiares se sintam constrangidos.
“O atendimento preferencial e prioritário para pessoas com TEA é lei. Hoje nosso comerciante entendeu que, acima de ser lei, é um direito, e uma atitude de humanização. Nos supermercados já temos, nas placas prioritárias, o símbolo do autismo e é importante que todos se atendem a isso, pois muitas vezes a pessoa que está na fila, não entende o atendimento e fica fazendo comentários, tecendo críticas. É preciso que nosso comerciante e que seus colaboradores estejam preparados até para dar essa orientação”, disse o superintendente da Acig, Fábio Dias.
Segundo ele, as críticas muitas vezes acontecem porque as pessoas não conseguem identificar o motivo da prioridade, diferente do que acontece nos casos de idosos, gestantes, deficientes.
“É preciso sutileza por parte dos colaboradores para explicar, orientar e também por parte dos demais clientes. A pessoa não precisa andar com um crachá dizendo ser altista. Precisamos, mais que nunca, termos empatia”, frisou o dirigente lembrando que em Garça, desde o dia 25 de abril os familiares de pessoas com TEA tiveram regulamentada a Carteira de identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista na cidade.
De acordo com o artigo primeiro do Decreto 9.534/2022 “Fica regulamentada no Município de Garça, a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista - CIPTEA, como documento opcional e gratuito, para garantir direitos, atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social”.
Dias salientou que o atendimento prioritário é obrigatório em todos os estabelecimentos públicos e privados, como lojas, restaurantes, bancos, repartições públicas entre outros. Além disso, é necessário que seja afixado um cartaz em local visível.
“Mais que empatia e humanismo é o cumprimento da lei. A estadual 16.756, de 8 de junho de 2018, prevê o dever de inserção do símbolo mundial da conscientização sobre o TEA nas placas de atendimento prioritário. Quem não faz, descumpre a lei”, frisou Dias.
O cartaz deve englobar diversas legislações, dos âmbitos municipal, estadual e federal, que preveem atendimento preferencial e/ou prioritário para idosos, gestantes, pessoas com deficiência, pessoas com criança de colo, obesos, diabéticos, doadores de sangue e autistas.
De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o TEA se caracteriza por atrasos e comprometimentos do desenvolvimento, seja na linguagem, seja no comportamento social. Os sintomas podem ser emocionais, cognitivos, motores ou sensoriais e o diagnóstico costuma ocorrer por volta dos três anos de idade.