No Ciclo de Debates com pré-candidatos à Presidência do Brasil, promovido pelo Conselho Político e Social (COPS) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), pela Facesp, e pela da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Luciano Bivar, do União Brasil, afirmou que o país passa por um momento político difícil, que coloca em risco a democracia. “Em outubro, o Brasil vai discernir se quer uma esquerda atrasada em 20 anos ou uma direita fundamentalista”, disse.
Um dos culpados pela terceira via não vingar, segundo Bivar, foi a imprensa, “que embarcou na polarização”.
Com muito recurso do fundo eleitoral, mas “sem espaço na mídia”, o desafio de sua candidatura é se fazer conhecida. “Temos 45 dias para o nosso departamento de marketing empacotar o que queremos falar e fazer com que isso chegue ao público”, disse. "Nós vamos até o fim para estabelecermos uma economia de mercado com menos impostos e, sem dúvida, iremos trabalhar para trazer para a nossa campanha um projeto administrativo e tributário consciente que seja uma alternativa à uma esquerda estatizante ou uma direita fundamentalista preocupada em atacar a democracia e que, se reeleita, poderá vir a indicar vários membros do judiciário nos próximos anos, o que vai impactar negativamente na nossa sociedade."
O plano de governo do pré-candidato pelo União Brasil tem com ponto central: a simplificação tributária, que se baseia na ideia de um imposto único, com alíquota de 1,8%, que substituiria onze tributos federais. Pela proposta, quem ganha até cinco salários estaria isento do Imposto de Renda e, caso seja pessoa jurídica, do Imposto Sobre Serviço (ISS).
“Com imposto simplificado, todos vão pagar e a arrecadação não perde. É a ideia de que quando todos pagam, todos pagam menos”, disse.
“O que espero, realmente, é fazer um grande esforço no meu partido, que sem dúvida tem condições e a força de um grande partido para construirmos uma bancada importante no Congresso Nacional. Queremos fazer uma bancada qualificada. Temos deputados e candidatos que podem contribuir para um projeto alternativo para o Brasil", ressaltou Bivar.
Luciano Bivar foi o terceiro postulante ao Palácio do Planalto sabatinado na ACSP. Já participaram Luiz Felipe D’Avila (Novo) e Simone Tebet (MDB). Os debates também são realizados com candidatos ao governo paulista. Nesse caso, já foram ouvidos o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-ministro da infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
Fontes: Diário do Comércio e ACSP São Paulo