A inadimplência em Campinas, em março de 2022, teve uma redução de 7,79% em relação a março de 2021. No acumulado deste ano (janeiro a março) foram gerados cerca de 56.223 carnês/boletos, que não foram pagos, o que corresponde a R$ 40,3 milhões em valores de endividamento dos consumidores campineiros. Na comparação com o mesmo período do ano passado (primeiro trimestre), o recuo na inadimplência foi de 3,56%.
Na RMC, a inadimplência acompanhou Campinas, com saldo de 3,52%. Foram gerados em março 133.864 carnês/boletos não pagos, o equivalente a R$ 96,4 milhões em endividamento. A avaliação é do departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas, a partir de dados da Boa Vista - SCPC.
Faturamento do comércio cresce na RMC, em março, na comparação com 2021
O departamento de Economia da ACIC também avaliou o levantamento das vendas do comércio da Boa Vista - SCPC. O e-commerce, na Região Metropolitana (RMC) de Campinas, evoluiu 19,5%, em março de 2022, com faturamento de R$ 415,5 milhões, na comparação com março de 2021 (R$ 347 milhões). Em relação às vendas físicas, o faturamento de março deste ano foi calculado em R$ 1,9 bilhão, representando 7,69% a mais do total faturado no mesmo período de 2021, que foi de R$ 1,8 bilhão.
Na categoria de “Bens Não Duráveis”, as vendas nos postos de combustíveis evoluíram em 9,15% em março deste ano, nos supermercados, em 7,85% e, nas drogarias e farmácias, em 4,8%. Em relação aos “Bens Duráveis”, o comércio de materiais de construção expandiu em 4,1%, enquanto que o segmento de vestuário evoluiu em 1,05%, no mesmo período. Já no setor de Serviços, o Turismo e os Transportes cresceram em 1,75%, e, os Bares e Restaurantes, em 0,45%.
Campinas
O faturamento do comércio (vendas físicas) de Campinas cresceu 8,48%, em março de 2022, em relação a março de 2021, passando de R$ 763,1 milhões para R$ 827,8 milhões, “Ainda sob o efeito de forte expansão do nível inflacionário, mesmo com a queda nas taxas de Covid-19 devido ao aumento da vacinação em massa da população”, como explica o economista e diretor da ACIC, Laerte Martins. Se comparado com fevereiro deste ano, houve queda de 13,91%. As compras à vista aumentaram 13,68% enquanto que as vendas a prazo cresceram apenas 4,43%, no mês.
Para Laerte Martins, o Varejo Restrito de Campinas e região apresentou uma evolução baixa nos números, principalmente quando comparado com os elevados dados das vendas ao consumidor final do final de dezembro de 2021, período que ainda estava sob o efeito da pandemia. “A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) Nacional para 2022 não deve ultrapassar 1%, podendo se tornar negativo, dependendo da inflação dos atuais Indicadores Econômicos e, também, com os efeitos da guerra da Rússia com a Ucrânia. A previsão para os próximos meses de 2022, para o varejo de Campinas e Região, não é nada promissora, inclusive por ser um ano eleitoral e de muita instabilidade econômica nacional e mundial”, analisa o economista.