A Operação-padrão da Receita Federal, iniciada em dezembro de 2021, tem causado diversos prejuízos econômicos e logísticos, especialmente às pequenas e médias empresas que atuam no Comércio Exterior.
As dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelas empresas exportadoras e importadoras em decorrência do conturbado cenário internacional dos últimos 3 (três) anos, traz impactos negativos para a economia brasileira.
Neste sentido, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), juntamente com demais entidades signatárias, enviaram um ofício ao ministro Paulo Guedes, da Economia, solicitando especial atenção ao Comércio Exterior brasileiro. O documento é assinado por Alfredo Cotait Neto, presidente da Facesp, da CACB e da ACSP.
CONSEQUÊNCIAS
O ofício menciona a atuação de importantes órgãos intervenientes nas operações de comércio exterior, tais como a Secretaria da Receita Federal, Secretaria de Comércio Exterior, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que, segundo as entidades, têm tornado morosa a liberação das mercadorias importadas e exportadas, com sérias consequências para a economia nacional, as empresas e os cidadãos brasileiros.
Enquanto isso, a imagem do comércio brasileiro se desgasta devido a quebras de contratos por atraso e perda de competitividade nas entregas, afirmam as entidades.
Somada aos prejuízos causados pelos fatores externos, a atual operação dos órgãos envolvidos no processo “torna morosa a liberação das mercadorias importadas e exportadas, com sérias consequências para a economia nacional, as empresas e os cidadãos brasileiros”, diz a carta.
O texto cita escassez de suprimentos, inflação e desemprego como consequências.
De acordo com estimativas do Sindasp (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo), as perdas dos importadores com a operação-padrão foram de US$ 365 milhões de janeiro e abril de 2022.
A análise dos processos de importação nos postos paulistas, que tinha um prazo de 7 dias, está demorando até 35 dias.
Ao final do documento, as entidades reconhecem a importância do trabalho realizado pelos funcionários dos órgãos mencionados, mas solicitam o retorno urgente à normalidade, com mais agilidade nas operações e o retorno de projetos relacionados à modernização dos processos de importação e exportação.
Leia a íntegra do ofício clicando aqui.
Fonte: ACSP