Inadimplência continua caindo em Sorocaba

O total de pessoas com o ‘nome sujo’ na praça é 10,15% menor que em 2015

Em Sorocaba o número de inadimplentes continua caindo. Se no mês de julho eram 84.454 consumidores negativados pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de Sorocaba, em agosto esse número caiu para 83.469, o que representa redução de 1,17%. Mas a queda se apresenta bem mais acentuada, se o número de inadimplentes do mês de agosto for comparado a igual período do ano passado, quando a lista do SCPC apresentava 92.899 inadimplentes. Nesse caso, o percentual de queda é de 10,15%.

Outro dado que chama a atenção é o número de registros negativados. A diminuição foi de 189.121 em julho para 186.510 em agosto. Na comparação de agosto de 2016 com o mesmo mês do ano passado, quando haviam 207.539 registros, a redução foi de 10,13%.

Já o valor total da dívida cadastrada no SCPC subiu de R$ 67.853.235,91 em julho para R$ 68.595.850,88 em agosto.

De acordo com o Presidente da Associação Comercial de Sorocaba, os dados desta análise são baseados nas empresas associadas, esta queda no número de inadimplentes é reflexo do aumento da confiança do consumidor, que passa a quitar suas dívidas evitando o crescimento dos valores pelos juros que são atualizados dia a dia, além dos consumidores estarem se  preparando para voltar a consumir com a proximidade do final do ano, o que pode ser um bom indicador de melhora.

Análise

Outro motivo apontado por Fabrício de Miranda da Esamc Junior, empresa parceira da Associação Comercial, é a previsão da desaceleração da queda do PIB no ano de 2016, que segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional) que antes previa uma queda de -3,8% no ano, mas que agora prevê uma queda de -3,3% no ano de 2016. “A tendência de melhora na economia como um todo, traz melhores expectativas para os consumidores, que buscam acerto de suas pendências”, afirma Fabricio.

Outro fator importante a ser levantado e que pode explicar essa queda no número de inadimplentes foi o aumento de demissões. “Com o aumento do número de pessoas que recebem o FGTS, a tendência é que elas busquem acertar suas contas, evitando piorar a situação financeira no futuro”.

“Já o valor da composição da dívida vem aumentando em relação aos últimos meses, devido á correção do valor da dívida de acordo com o aumento da inflação”, avalia Fabrício Miranda.