Do Diário do Comércio
"O bom gestor, o bom parlamentar se elege com facilidade, por isso é preciso melhorar a qualidade da nossa representação política no Congresso Nacional". A avaliação é de Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo.
Em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Kassab defendeu a proposta do voto distrital misto para o sistema eleitoral brasileiro, parada no Congresso desde 2017, mas que voltou a ser discutida agora como uma ferramenta para afastar outsiders do cenário político nacional.
No momento, destacou, está amadurecendo e na iminência de ser discutido "séria e profundamente" o Projeto de Lei (PL) 9.212/2017, atualmente na Comissão de Constituição de Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, que se origina do PLS 86/2017, de autoria do ex-senador e ex-governador paulista José Serra (PSDB), com ligeiras alterações
"O presidente (da Câmara) Hugo Motta já registrou sua vontade de criar uma comissão especial só para discutir esse projeto", sinalizou Kassab. O objetivo principal do voto distrital, uma das bandeiras da ACSP, é melhorar a qualidade da relação entre o eleito e seu eleitor, o que acabaria com o modelo atual das cotas partidárias, prevalecendo o voto direto.
Uma pesquisa do Instituto Datafolha dá uma ideia disso: em 2022, 64% dos eleitores não lembravam em quem votaram, e só 15% acompanhavam regularmente o seu mandato, deixando os eleitos na zona de conforto, e com pouca fiscalização de suas atividades.
Por isso a ideia, lembrou, é dividir os estados em metade distrital e proporcional, onde o eleitor escolheria o deputado de seu distrito e partidos de sua preferência, que teriam uma lista prévia de candidatos. São Paulo, por exemplo, que tem 70 deputados, seria dividido em 35 distritos, em uma lista escolhida pelos partidos em convenção, com um candidato por distrito.
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