Varejo no Estado e capital acumula perdas de 6,9%
e 10,4% nas vendas de janeiro a julho, informa
ACVarejo da Associação Comercial de SP
Dados se referem ao varejo ampliado, que inclui automóveis e material de construção – no varejo restrito, sem os 2 setores, quedas foram de
4% e de 8% no Estado e na capital; ACVarejo é baseado em dados de ICMS da Secretaria da Fazenda do Estado.
O varejo ampliado no Estado de São Paulo acumula perda de 6,9% no volume de vendas de janeiro a julho deste ano. Na capital
paulista, o recuo foi ainda maior: 10,4%. Os dados são do Boletim n.3 do ACVarejo, pesquisa do Associação Comercial de São Paulo
baseada em dados de ICMS da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
“A cidade de São Paulo é um polo maduro, industrial, que sofre com a desindustrialização e não é beneficiada pelo agronegócio”,
comenta o presidente da ACSP, Rogério Amato, sobre o desempenho pior na capital. Amato também é presidente da Facesp
(Federação das Associações Comerciais do Estado de SP) e presidente-interino da CACB (Confederação das Associações Comerciais
e Empresariais do Brasil).
Já com relação ao fraco desempenho no varejo como um todo neste ano, Amato aponta como causas fatores estruturais – menor
crescimento de salários e de emprego, menos crédito, aumentos das taxas de juros e da inflação e baixa confiança – e um fator
conjuntural, que foi a Copa do Mundo.
Varejo ampliado X restrito
O varejo ampliado inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção. De acordo com o ACVarejo, quando se analisa
o varejo restrito – sem automóveis e material de construção – as quedas nas vendas foram menores entre janeiro e julho: no Estado
o recuo foi de 4% e, na capital, de 8%.
Essa diferença costuma ocorrer porque os dois setores são mais sensíveis frente à atividade econômica – quando essa está fraca,
veículos e material de construção são os primeiros a ser afetados. Além disso, ambos dependem muito de crédito, que está mais
escasso em 2014.
No varejo restrito o comportamento tende a ser relativamente menos flutuante. Ele é fortemente influenciado por setores como o
de supermercados, que é menos sensível pois o consumidor não deixa de comprar produtos indispensáveis, como alimentos.
O Boletim n.3 do ACVarejo também informa como foram as vendas nos varejos paulista e paulistano, ampliado e restrito, em julho
ante o mês anterior e em relação a julho de 2013. E traz os dados de cada setor.
VAREJO
AMPLIADO
Faturamento
Capital
Volume de
Vendas Capital
Faturamento
Estado de
São Paulo
Volume de Vendas Estado de São Paulo
Julho 2014/Junho 2014
4,9%
4,9%
5,3%
5,2%
Julho 2014/ Julho 2013
-3,6%
-10,2%
-1,6%
-8,1%
Acumulado 2014
-4,9%
-10,4%
-1,2%
-6,9%
Acumulado 12 Meses
0,0%
-6,1%
3,5%
-2,6%
VAREJO
RESTRITO
Faturamento
Capital
Volume de
Vendas Capital
Faturamento
Estado de
São Paulo
Volume de Vendas Estado de São Paulo
Julho 2014/Junho 2014
1,9%
1,9%
2,3%
2,3%
Julho 2014/ Julho 2013
0,3%
-6,2%
1,5%
-5%
Acumulado 2014
-2,3%
-8%
1,9%
-4%
Acumulado 12 Meses
2%
-4%
5,9%
-0,2%
Expectativa 2014
“Os resultados de julho continuaram influenciados pelo menor número de dias úteis decorrente da realização da Copa do Mundo, e pela
existência de maior quantidade de feriados em relação a 2013. Com relação aos demais meses de 2014, esperamos um crescimento das
vendas físicas, devido a um calendário mais favorável – com poucos feriados – e à proximidade das festividades de fim de ano. Mas o
aumento deverá situar-se em patamares inferiores aos de 2013”, afirma Rogério Amato.
SETORES EM JULHO
Em julho, o setor com melhor resultado no Estado de São Paulo em relação ao mês anterior foi o das lojas de material de construção,
com 20,7% de alta nas vendas físicas. Na comparação com julho de 2013, o destaque ficou com as lojas de departamento, porém
somente no caso das receitas nominais, que tiveram expansão de 6%. Já os destaques negativos ficaram para as lojas de
eletrodomésticos e eletroeletrônicos e para as concessionárias de veículos.
No primeiro caso, no contraste com junho, houve recuo de 13,9% tanto na receita nominal quanto no volume de vendas. E ante
julho de 2013, as quedas nos faturamentos e vendas foram de 3,4% e de 9,3%.
As concessionárias viram seu faturamento e vendas crescerem 16,2% ante o mês anterior. Mas em comparação com julho de 2013, faturamento e vendas despencaram 13,6% e 18,8% no setor, respectivamente.
Faturamento Nominal Junho 2014
Auto Peças e Acessórios
Concessionária
de Veículos
Farmácias e Perfumarias
14,2%
16,2%
14,2%
16,2%
-3,4%
-13,6%
-9,3%
-18,8%
Lojas de Móveis
e Decorações
19,1%
19,1%
4,6%
-1,8%
Lojas de Departamentos
Lojas de Eletrodomésticos
e Eletroeletrônicos
-13,9%
-13,9%
20,7%
-3,4%
-9,3%
-11,8%
Lojas de Vestuários, Tecidos e Calçados
Outros tipos de
Comércio Varejista
4,8%
4,8%
-3,3%
-9,2%
Supermercados
Lojas de Materiais
de Construção
Vol. de Vendas Estado de SP
Julho/Junho
2014
4,2%
5,7%
3%
-0,1%
Faturamento
Estado de SP
Julho/Junho 2014
4,2%
5,7%
3%
20,7%
-0,1%
Faturamento Estado de SP Julho/2014 e Julho/2013
4,2%
-3,3%
5,1%
-6,1%
6%
Vol. de Vendas Estado de SP Julho/2014 e Julho/2013
-2,2%
-8,4%
-1,3%
-0,5%
Fonte: IEGV / ACSP, a partir de dados da SEFAZ-SP
Automóveis,
materiais de
construção e Copa
puxam queda de
8,8% nas vendas em
junho no Estado,
aponta ACVarejo
ACVarejo: vendas caíram em todas as regiões de SP em junho; Bauru, Litoral, Araçatuba, ABC e capital foram as mais prejudicadas
Varejo no Estado
e capital acumula
perdas de 6,9% e
10,4% nas vendas
de janeiro a julho,
informa ACVarejo
da Associação
Comercial de SP
Pesquisa ACVarejo: vendas reagem em
julho nas regiões paulistas mas ficam abaixo de patamar
de 2013
ACSP lança
pesquisa “Evolução
e Perfil do Varejo
Paulista”, um raio-x
do setor varejista no
Estado e regiões
Boletim ACVarejo n.4 mostra recuperação
das vendas no Estado, capital e regiões
Vendas no Estado
e capital acumulam perdas de 3,3% e
5,7% no ano,
aponta ACVarejo
Vendas no varejo
caem 8,4% no Estado
no 1º trimestre,
informa pesquisa
ACVarejo
Comércios paulistano
e paulista fecham no
vermelho em 2014;
Ano começa com
fortes quedas nas vendas em todo o Estado e na capital, aponta pesquisa ACVarejo da ACSP
Vendas despencam
em todos os setores e regiões paulistas em fevereiro, informa Associação Comercial
de SP
Eletrodomésticos e
eletroeletrônicos:
melhor desempenho
em maio
Desindustrialização
e crises do turismo e
da cana puxam para
baixo números do
varejo em 2014
Lojas de roupas, calçados,
eletrodomésticos
e eletrônicos se destacam no ano, mostra ACVarejo
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Setembro
de 2014
Escrito por:
Ana Cecília Panizza
Fonte:
Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV)
INSTITUTO DE ECONOMIA
GASTÃO VIDIGAL - IEGV
A Associação Comercial de São Paulo mantém o
Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) com
o objetivo de realizar estudos e fornecer indicadores
importantes sobre a área de Economia.